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Editorial

De patinho feio à menina dos olhos

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Recentemente uma campanha da Rede Globo chamou massivamente a atenção para a importância do agronegócio brasileiro. Responsável por ampla parte das riquezas e empregos gerados no campo, na indústria e nas cidades, o agronegócio tem nessa campanha a chance de fazer-se entender à ampla parte das pessoas que ainda não o conhecem e até o condenam.

Para quem mora na região Oeste do Paraná o conhecimento sobre o agronegócio é mais vasto, afinal as cidades sedes envolveram tendo como base os frutos da terra. Mesmo assim, tem gente que não sabe como o produtor moderno trabalha. Com sistemas seguros e avançados de produção de grãos e proteína animal, bem diferentes do que o imaginário popular sugere, produtores transformaram galinheiros em aviários, chiqueiros em granjas e açudes para o lazer em grandes fontes de renda. Os animais não têm acesso à terra e consomem alimentos seguros, que estimulam a boa saúde.Alimentos de qualidade ímpar.

Para atingir tamanho grau de eficiência, os produtores rurais da região tiveram o apoio que hoje se mostra indispensável do sistema cooperativista. As cooperativas organizaram os pequenos produtores em blocos sólidos, que alcançam mercados por todo o mundo, garantem estabilidade em momentos de crise, blindando seus associados das oscilações de mercado, seja quando o custo sobe ou o preço cai.

Ontem (19) mais um grande passo foi dado pelo agronegócio do Oeste do Paraná. A Frimesa, com sede em Medianeira, fez o lançamento da pedra fundamental de seu próximo frigorífico de suínos, que começa agora a ser instalado em Assis Chateaubriand. Trata-se, nada mais, nada menos, do maior e mais moderno frigorífico de abate de suínos da América Latina. Em sua capacidade total, deve industrializar 15 mil carcaças por dia, gerando milhares de empregos diretos e indiretos, mais uma vez no campo, na indústria e na cidade.

Se por um lado o abatedouro da Frimesa começa a ganhar forma, por outro o frigorífico de peixes da coirmã C.Vale já é uma realidade. A inauguração que acontece hoje (20), em seu complexo industrial no município de Palotina, demonstra a capacidade de investimento e planejamento dessas cooperativas, mesmo quando outros setores da economia colocam o pé no freio. A nova unidade vai revolucionar o já bem disposto mercado da tilápia, que há pouco tempo ganhou também um frigorífico da Copacol, em Nova Aurora.

O agronegócio brasileiro merece não somente respeito de seu povo e do mundo todo, mas também merece admiração. A cada ano que passa, o produtor consegue fazer mais, usando menos recursos naturais, reduzindo a degradação ambiental e gerando alimentos para uma população mundial exponencialmente crescente. E do Brasil vem grande parte dessa riqueza vital.

O lançamento do frigorífico de suínos da Frimesa e a inauguração da planta industrial de peixes da C.Vale descrevem com limpidez a pujança desse setor, que de patinho feio dos anos 70 se transformou na menina dos olhos da nação brasileira. São tiros certeiros rumo a um Oeste do Paraná mais desenvolvido e forte.

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