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Editorial

Galinha dos ovos de ouro

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Tem muita gente que nem percebe, mas diária e rotineiramente a avicultura está se revelando na região Oeste do Paraná, uma das mais produtivas do Estado. Não por menos o Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) escolheu Foz do Iguaçu para coroar o ano do setor. Na noite de ontem (09),lideranças expoentes da área avícola do Paraná e do Brasil se reuniram para o Jantar do Galo, um já tradicional momento de confraternização entre alguns dos atores dessa importante cadeia do agronegócio.

Mas a festa para por aí. Antes, durante a tarde, e hoje (10), eles participam de palestras que fazem parte do Workshop Sindiavipar 2017, com debates sobre os grandes gargalos, as oportunidades e as tendências na produção, industrialização e consumo dessa proteína por todo o mundo. Barata, sem restrições religiosas ou culturais, a carne de frango e seus derivados está sendo apreciada em todo o planeta.

O Brasil é o maior exportador de carne de frango do mundo; o Paraná, o maior produtor e exportador brasileiro. Além disso, a produção do Estado, especialmente das regiões Oeste e Norte, abastece os supermercados de todo o país. Todo esse potencial vem de uma cadeia perfeitamente azeitada, envolvendo uma indústria de última geração, que emprega tecnologias e sistemas de produção dos melhores entre os produtores mundiais, um produtor dedicado e competente, que garante, acima de tudo, um animal sadio e competitivo, e uma rede de consumidores consolidada e crescente.

Esse desenvolvimento se deve muito em parte às cooperativas paranaenses, que na década de 1980 começaram a diversificar a produção e industrializar o milho e a soja que saia das plantações. A população de Marechal Cândido Rondon conhece bem do assunto. A Copagril, maior geradora de empregos e impostos do município, nasceu da agricultura, mas talvez hoje a pecuária de aves de corte seja a maior força entre seus segmentos de atuação.

Nesse meio tempo, o produtor rural melhorou de vida, o comércio ganhou mais força com o dinheiro que saia da roça e o setor de serviços despontou. O campo e a cidade se tornaram um só.

No entanto há ainda um longo caminho a percorrer para que a avicultura se torne mais rentável. Com todos os percalços que ela encontra no caminho, como estradas esburacadas, falta de trens e navios para escoar os produtos, altos impostos, dificuldades trabalhistas, ainda é competitiva mundialmente, imagine se esses detalhes que fora da porteira fossem solucionados. O Brasil seria imbatível.

Os governos precisam olhar com mais atenção para a avicultura brasileira. A galinha dos ovos de ouro está bem à frente e as lideranças parecem não querer enxergar. Se é verdade que nada está tão ruim que não posa piorar, neste caso nada é tão bom que não possa melhorar. Produtores e indústria fazem suas partes, mas dependem de ações e obras públicas para que possam trabalhar cada vez mais e melhor.

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