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Editorial

Muito obrigado, BPFron

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Fronteiras entre países por si só já são zonas onde a violência e os crimes são mais comuns que em outras regiões. A tríplice fronteira, unindo Brasil, Paraguai e Argentina, agrava ainda mais esses problemas. Historicamente a criminalidade usa as rodovias, estradas rurais, o Lago de Itaipu e até mesmo o espaço aéreo para o contrabando de mercadorias e o tráfico de drogas e armas, especialmente do Paraguai para o Brasil. A bandidagem está presente na região.

Para amenizar esse problema, há cerca de sete anos o Governo do Paraná resolveu criar o primeiro batalhão de polícia militar de fronteira do país. Com sede em Marechal Cândido Rondon, o Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron) revolucionou o modo de coibir e descortinar esse tipo de delito, punindo, ao longo desse tempo, milhares de pessoas, mas, acima de tudo, contribuindo para melhorar a segurança da região e de todo o país, afinal, as drogas e armas que passam por aqui abastecem mercados bem conhecidos, como as favelas do Rio de Janeiro e grupos armados extremamente perigosos, como o Primeiro Comando da Capital, o PCC.

Ontem (06) o BPFron promoveu um belo evento em Marechal Cândido Rondon para comemorar o sétimo ano de atuação da corporação na região de fronteira. Depois da base instalada na cidade, a partir de um projeto de lei do deputado estadual rondonense Elio Rusch, com apoio do Poder Público municipal, vieram outros dois destacamentos, de Guaíra, também no Extremo Oeste, e de Santo Antônio do Sudoeste, no Sudoeste paranaense, mais dedicado a combater os crimes na fronteira com a Argentina.

Nesses sete anos, os números acumulados de apreensões e prisões são faraônicos. É difícil, no entanto, mensurar somente com base nos resultados práticos o quanto essa instituição tem contribuído para a segurança da região Oeste do Paraná, especialmente nos municípios onde o BPFron está instalado, pois somente a presença dessa unidade policial é capaz de inibir a prática delituosa. Quanto mais policiais nas ruas, menos bandidos nas ruas. É uma grandeza diretamente proporcional. Não há como quantificar o número de crimes que a presença do BPFron inibiu por estar aqui, mas inevitavelmente foram muitos.

Com apoio das polícias Militar, Civil, Federal, Rodoviária Federal e Rodoviária Estadual, esse batalhão especializado se tornou um exemplo a ser seguido e implementado nos outros milhares de quilômetros de fronteiras com a América do Sul.

Apesar de todas as conquistas, sejam elas objetivas ou subjetivas, há ainda muitos desafios a serem vencidos. E o principal deles é a infraestrutura. Há sete anos o BPFron está instalado em um local provisório, que funciona bem, como já dito, mas uma sede própria é de suma importância para que os resultados dessa corporação possam ser ainda mais expressivos. Há ainda a necessidade de ampliar, constante e ininterruptamente, a qualidade tecnológica e a força armada desses policiais. Mais armas, mais tecnologia e, também, mais aperfeiçoamento aos homens e mulheres que lutam no dia a dia contra quadrilhas organizadas e armadas até os dentes.

Há ainda muito a melhorar, para o bem da própria polícia e da população. No entanto, um virtuoso e exemplar caminho já foi trilhado até aqui. O BPFron está de aniversário, mas quem ganha o presente, no dia a dia, é a população de Marechal Cândido Rondon e região. Muito obrigado, BPFron, muito obrigado Polícia Militar do Paraná.

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