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Editorial

No caminho certo

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A pandemia deixou as escolas vazias, os alunos em casa, as mamães e os papais moderadamente desafiados e muitas dúvidas sobre a qualidade da educação para crianças e jovens em todo o Brasil. Apesar dos problemas inegáveis, e não poderia ser diferente por se tratar de algo relativamente novo, ao menos no cotidiano, o Paraná tem se tornado exemplo para o Brasil na modalidade de ensino a distância. As metodologias adotadas pelo Estado e os investimentos feitos para dar continuidade ao ano letivo da rede estadual de ensino chamaram a atenção até do presidente Jair Bolsonaro, que chegou a sondar o nome do secretário estadual de Educação, Renato Feder, para assumir o Ministério da Educação.

Desde o início da pandemia, quase dez mil alunos já migraram da rede particular de ensino para a rede pública. Muitos porque os pais tiveram redução de renda, mas outros tantos porque perceberam que a rede estadual está fazendo um trabalho com muita dedicação e eficiência nessa nova modalidade de ensino.

A qualidade das ferramentas disponibilizadas pelo Estado, via Secretaria Estadual de Educação (Seed), e o trabalho exemplar que está sendo realizado pelos diretores, pedagogos e professores têm sido destacados por lideranças como o motivo para o Paraná se diferenciar das demais unidades federativas. E as ferramentas não são poucas. Entre elas, Google Classroom, aulas pela TV, Aplicativo Aula Paraná, onde o aluno acessa gratuitamente os dados de internet, Youtube, onde as aulas ficam gravadas, além do material impresso para as famílias retirarem nas unidades escolares quando não desfrutam de nenhum desses canais de acesso. Nos municípios que integram o Núcleo Regional de Educação de Toledo, só 7% dos alunos matriculados não estão estudando – o mesmo índice de quando havia aulas presenciais.

Vale lembrar que o novo formato das aulas tem a aprovação do Conselho Estadual de Educação e do Ministério da Educação e substitui neste momento de pandemia as aulas presenciais. Não é mil maravilhas, mas tende a ser cada vez mais aperfeiçoado.

Aliás, todas as ferramentas que estão sendo disponibilizadas, todas as novas plataformas de ensino, por assim dizer, vão ficar de legado após a pandemia. O sistema de ensino certamente vai mudar, e o Paraná está saindo na frente. Todo o investimento em tecnologias, toda a estrutura que foi e está sendo montada para que os alunos tenham aulas EAD vão ficar à disposição das escolas e dos professores.

Há um novo cenário na educação, com suas dificuldades, mas não dá para cravar que os alunos estão aprendendo menos. O desempenho vai depender de cada um – assim como é nas aulas presenciais. A forma de receber o aprendizado é que mudou.

Professores também estão aprendendo a lidar com esse “novo normal temporário”. Para eles, que devem vistos com ainda mais simpatia pela sociedade, os desafios também são enormes. Para os pais, que precisam dar atenção e ajudar nas tarefas, também tem sido um grande exercício de paciência e criatividade. Todos estão aprendendo com essa situação: o Estado, as escolas, os estudantes. O caminho parece ser mesmo esse. Parabéns aos educadores do Paraná. Pra vocês, nota 10.

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