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Arno Kunzler

Lambança eleitoral

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Os líderes dos maiores partidos no Congresso Nacional conseguiram fazer uma grande lambança ao criar as federações partidárias.

A situação ficou tão embaraçosa que a maioria dos candidatos à majoritária, quando chegam aos municípios, não sabem quem são seus aliados, se os deste ou daquele partido, ou nenhum deles.

Antes de começar a campanha, o candidato precisa sondar seus partidários para ver se ainda estão no grupo político ao qual ele pertence.

É possível prever que os partidos sofrerão profundas mudanças a partir de 2023, fruto desta desorganização geral que culminou com a campanha deste ano.

No plano nacional e estadual os partidos que já eram balcões de negócios agora o fazem de forma descarada, como nunca visto antes.

Se para ficar bom primeiro teria que bagunçar tudo, então podemos esperar que em breve teremos uma nova legislação político-partidária e eleitoral.

É preciso começar do zero, esquecendo os atuais agrupamentos e amontoados políticos, para criar partidos que de fato tenham “ideologia” e “programa”, tantas vezes invocado.

Oxalá consigamos eleger políticos com boas intenções e capacidade, que possam contribuir para construir algo melhor.

Precisamos da política, mas ela não pode ser desacreditada como é atualmente.

Os partidos precisam exercer democracia interna e acabar com o poder dos “coronéis”.

Precisam dar oportunidade para novas lideranças disputar espaço internamente e terem direito de disputar cargos sem terem que passar pelo crivo deste ou daquele coronel.

Por Arno Kunzler. Ele é jornalista e fundador do Jornal O Presente, da Editora Amigos e da Editora Gralha Azul

arno@opresente.com.br

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