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Elio Migliorança

SOMOS TODOS RESPONSÁVEIS

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Há decisões que repercutem por muito tempo e suas consequências vão durar muitos anos. É por isso que precisam ser pensadas, repensadas, fazer uma reflexão profunda para então decidir pelo melhor. Estamos em plena campanha política. Por enquanto os movimentos são tímidos e mesmo assim já sentimos que o fogo foi aceso e logo o caldeirão vai borbulhar. Infelizmente a política no Brasil virou o “samba do crioulo doido” e fica difícil manter a calma e o equilíbrio no meio deste tumulto. Mas sou teimoso, idealista e continuo acreditando que é possível melhorar o que temos. Existe, na minha opinião, uma luz no fim do túnel, e não é de alguém que esteja voltando porque não encontrou a saída. As redes sociais e o acesso ao conhecimento contribuíram muito para desenvolver o espírito crítico. Hoje as pes-soas são mais questionadoras e já não se deixam enganar tão facilmente. Contudo, não é prudente achar que estamos “vacinados” contra a esperteza do marketing político. A ciência da comunicação se desenvolveu de tal forma que ainda é possível enganar uma considerável parcela da população. Mas se estivermos atentos às estratégias utilizadas, podemos desarticular os golpes. Posso citar um exemplo. Certo dia aparece alguém no bairro fazendo uma pesquisa sobre quais melhorias a comunidade deseja. O morador acredita que indicando as obras, os responsáveis vão atender o pedido. É o caso de lembrar o bordão: sabe de nada, inocente. Na hora que o entrevistado responde, estará indicando a quem encomendou a pesquisa, qual o discurso que vai agradar naquela região. Aí chega o candidato, faz um belo e emocionado discurso prometendo tudo aquilo que a comunidade indicou na pesquisa. E todos vão acreditar que agora sim o povo será atendido. Enganou-se meu bem. É mais um golpe de marketing político que vai se repetir nas próximas eleições. Portanto, os próximos meses devem ser de muitas reflexões e pesquisa sobre os projetos apresentados. Observe os candidatos, qual a trajetória política, que cargos já ocuparam e se cumpriram as promessas das campanhas passadas. Os candidatos de primeira vez, será necessário observar sua vida profissional, familiar, social e até religiosa, se for o caso. Aquele que é decente e responsável na vida profissional, tende a sê-lo também na política. Outro fator importante a analisar quando o candidato é novato, com quem andou em campanhas passadas, pois existem muitos que mudam de partidos como nós mudamos de camisa. Se alguém é candidato à reeleição, analisar seriamente como foi sua conduta durante o mandato e se cumpriu o que prometeu em eleições anteriores. Vender o voto é crime e torna você igual aos corruptos que nós criticamos. Eleição é coisa muito séria. Nós vamos decidir os destinos do país e se queremos o melhor para nós e para nossos filhos e netos, façam o que diz o texto sagrado: entra no teu quarto e diante do tribunal da tua consciência que em última análise é quem vai te cobrar pela decisão, e depois de refletir sobre a importância e as consequências de um voto, decida e não se deixe intimidar e nem manipular. O voto é algo sério e sagrado. Precisamos exercer este direito com tal seriedade como se dele dependesse nossa vida. 
* O autor é professor em Nova Santa Rosa
miglioranza@opcaonet.com.br

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