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Elio Migliorança

ALTERNATIVAS PARA SAIR DA CRISE

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Os brasileiros estão apavorados com a cegueira que atacou o alto escalão governamental em Brasília. Noticiam-se reuniões intermináveis da Presidência da República com ministros e parlamentares da base aliada para encontrar alternativas que ajudem o país a sair do buraco onde nos meteram a incompetência e a safadeza governamental. Ao final das improdutivas reuniões, o que mais temos ouvido é que se busca aumentar a arrecadação via aumento dos atuais ou criação de novos impostos. As alternativas que o governo finge buscar e não encontra são do conhecimento de milhões de brasileiros anônimos que não padecem da mesma miopia governamental.

Ouvindo as pessoas na rua é possível relacionar as medidas necessárias para que o país supere a crise, pois o povo sabe direitinho a regra básica de qualquer economia: nunca gaste mais do que você ganha. Além desta, para os governos federal e estadual existem outras alternativas antes de pensar em elevar a já pesada carga tributária. A mais urgente medida é extinguir não dez e sim 19 ministérios. Vinte ministérios são suficientes para administrar o país, assim como 20 secretarias são suficientes para administrar o Estado. Extinção imediata de todos os cartões corporativos, aqueles que permitem aos seus portadores, todos “companheiros” graduados dentro do governo, a comprarem sem limite e sem controle com dinheiro público. Adote-se o sistema de pagamento de nota fiscal da despesa quando for um gasto de interesse público. Extinção imediata de cinco mil cargos de confiança. Hoje existem 23 mil cargos de confiança, um absurdo! E já que o PT gosta de criticar a era FHC, é bom saber que durante o governo de Fernando Henrique foram criados 767 cargos de confiança, aqueles que podem ser nomeados sem concurso público, já nos anos do governo Lula e Dilma foram criados 3.952 novos cargos comissionados.

Outra medida urgente é a proibição de toda e qualquer propaganda governamental; gastam-se fortunas para a louvação ao governo e às suas realizações. Alguém diga a eles que o “auto elogio fede” e, neste caso, custa muito caro. Governos não precisam fazer propaganda, só precisam fazer obras. Proibição de financiamento a qualquer obra no exterior e a responsabilização judicial daqueles que autorizaram o financiamento. Caso a presidente Dilma Rousseff pense em renunciar, seja responsabilizada judicialmente pela forma desastrosa e equivocada com que administrou o país, conduzindo-o para o caos financeiro.

Cortes também nas mordomias de deputados e senadores, pois boa parte dos males do país é fruto da omissão do Legislativo. Renan Calheiros, à frente de todos, vive falando em sacrifícios para ajudar o país, mas ele possui três carros do Senado: um como senador, um como presidente do Senado e outro para os seguranças. Valor dos carros? R$ 150 mil cada um. Que moral tem ele para falar em sacrifícios?

Na verdade, estamos caminhando para uma convulsão social descomunal e sem precedentes na história do país. Enquanto todos sofrem, os apaniguados do governo continuam com cargos muito bem remunerados, mas não esqueçam que o governo joga com vidas e que a nação está sangrando. E o sangue dos inocentes que morrem por falta de atendimento está clamando por justiça.

 

* O autor é professor em Nova Santa Rosa

miglioranza@opcaonet.com.br

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