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Medalhista internacional, canoísta Fabio Rauber não vai desistir da modalidade

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O canoísta entrerriense Fabionei Rauber, de 26 anos, é o único competidor pela modalidade. Ele é detentor de cerca de 35 a 40 medalhas de 1º, 2º e 3º lugares conquistadas no Campeonato Brasileiro, Pan-Americano e Sul-Americano de Canoagem Velocidade e Maratona, esta última com maior número de competições e medalhas. “Desde quando eu comecei, em 2004, sempre voltei com medalhas. São dois Pan-Americanos, um deles de velocidade em 2011, outro de maratona nos Estados Unidos. Tenho uma medalha de velocidade na Argentina, Equador 2º lugar, enquanto esse ano foi na Colômbia, na categoria maratona. Também tenho conquistas no Sul-Americano”, enumera Rauber.

Devido aos bons resultados trazidos ao Brasil com destaque em nível internacional, Rauber foi escolhido para representar todos os atletas na categoria maratona na assembleia que reelegeu o presidente da Confederação Brasileira. Naquela ocasião, o atleta explicou sobre a situação em Entre Rios do Oeste. “O presidente reeleito disse que está montando um projeto com a Sanepar e que se conseguisse reativá-lo faria a doação de 17 caiaques, 17 remos e 17 coletes novos. Para isso acontecer o município precisaria ter um local para guardar os caiaques e um professor formado em Educação Física para dar aula. Como eu não sou formado, ele comentou que eu posso utilizar um alvará de outro formado para dar aula. Uma ideia minha é pedir um contêiner à Receita Federal para guardar os caiaques, sendo o único gasto em manter o professor”, comenta.

O entrerriense, que ingressou na Seleção Brasileira há dois anos, diz que segue conversando com autoridades do município na tentativa de convencê-las a mudar de ideia e reativar a canoagem. “Me criei aqui e trouxe várias conquistas para Entre Rios, agora não sei porque não querem mais a canoagem. Tomara que mudem de ideia. Se não der certo infelizmente vou ter que buscar outro rumo, um outro município para dar apoio, como Foz do Iguaçu, talvez Santa Helena. Quando Entre Rios não tinha canoa olímpica eu emprestei uma de Santa Helena, depois Entre Rios forneceu uma canoa modelo olímpica. Não vou largar, vou me aposentar na canoagem, mas daí vou procurar outro município que me ajude”, afirma.

 

Treinos

Aproximadamente dois anos atrás Rauber recebeu uma proposta do Flamengo, cujo projeto de canoagem era desenvolvido pelo ex-técnico da Seleção Brasileira. “Eu treinei dois anos com ele, que fez a proposta para que eu fosse lá, até que uns japoneses viram o potencial do técnico e o levaram para o Japão. Por isso eu não pude realizar este sonho de ir para o Flamengo e treinar em um clube forte. Eles iriam me ajudar com bolsa para que eu pudesse sustentar a minha família, sendo que isso não está mais em pé porque não tem mais treinador no Flamengo”, lamenta.

O esportista habitualmente é visto em determinadas épocas do ano treinando sozinho na prainha de Entre Rios, sendo que toda técnica aprendida é aplicada por ele mesmo. Rauber coloca corda em volta e peso na canoa, quando falta um mês para as disputas ele tira a corda e o peso, tudo com o abjetivo da canoa correr mais rápido.

Caso seja preciso ir para outra cidade, o canoísta diz que uma possibilidade é Santa Helena, onde tem aulas à tarde, mas só há um profissional formado. “Para canoagem precisa ter técnica, sendo que essa técnica e esses treinos eu sei fazer bem. Eu poderia atuar como técnico e competir, mesmo porque a minha ideia seria treinar os moleques. O pique na canoagem varia dos 26 aos 35 anos de idade para os atletas que mais ganham medalhas olímpicas e mundiais, e estou nessa faixa”, enaltece.

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