Fale com a gente

Geral

Bienvenidos, brasileños!

Publicado

em

Esqueça tudo o que você pensa sobre o Paraguai! Para a maioria dos brasileiros, as mercadorias com preços mais atrativos, o contrabando, o tráfico de drogas e o tereré resumem o país vizinho. Ledo engano. Poucos quilômetros adiante da Ponte da Amizade, na fronteira de Foz do Iguaçu com Ciudad del Este, o frenesi das lojas e os insistentes vendedores nas ruas dão lugar a uma terra rica e serena, com lavouras a perder de vista por todos os lados, cortadas por boas estradas que ligam pequenas e pacatas, mas prósperas cidades, cheias de empresas que pulverizam equipamentos e insumos para o pequeno país sul-americano galgar o posto de uma das dez maiores potências do agronegócio mundial.

Embalado pela força do campo e com uma industrialização cada vez mais intensa, o Paraguai apresenta um dos melhores desempenhos econômicos do planeta, crescendo com até dois dígitos por ano e gerando cada vez mais renda para seus 6,6 milhões de habitantes. De 2010 a 2016, a taxa média de crescimento do vizinho guarani foi de 6,35% ao ano, enquanto no Brasil esse índice foi de míseros 0,93%. Em 2017, a expectativa é que o Produto Interno Bruto (PIB) paraguaio cresça algo na casa dos 4%.

O pilar forte dessa economia em ascensão é o agronegócio, impulsionado pela imigração brasileira nos anos 1970 e 80 para a região Sul do país. A reportagem de O Presente Rural foi até os municípios de Santa Rita e Naranjal, dois redutos de produtores rurais, engenheiros agrônomos e outros profissionais do setor que trocaram o Brasil pelo Paraguai, para saber como a imigração brasileira está ajudando o país vizinho a deixar para trás o título de “primo pobre” para ser o queridinho promissor na América Latina.

Saindo de Marechal Cândido Rondon, são cerca de 250 quilômetros e quatro horas de carro até chegar em Santa Rita, no Departamento (Estado) de Alto Paraná. A presença verde e amarela está por todos os lados. Rádio em português, comércio circulando o real – além de dólar e guarani -, postos de combustíveis Petrobras e muito trabalhador brasileiro por onde se vá.

Um desses brasileiros é Edegar José Menegusso, que trocou o Oeste do Paraná por Santa Rita em 1990. Dono de 750 hectares, na última safra de verão produziu 70 sacas por hectare (170 por alqueire). Há quase 30 anos no Paraguai, envolvido intimamente com a comunidade, conta que o país o acolheu e lhe deu as maiores oportunidades da vida. “Eu vendia sementes em Toledo, no Brasil, quando tive a oportunidade de vir para o Paraguai, em março de 1989. Me encantei pelo país e estou aqui até hoje. Eu adotei o Paraguai e o Paraguai me adotou. Meu sangue é italiano, meus documentos são brasileiros e meu coração é paraguaio. Foi um casamento que deu certo. Aqui consegui oportunidades, uma estabilidade financeira, uma vida digna. Eu ganhei na Mega (sena) vindo para o Paraguai”, conta Menegusso.

Em 1990, toda a família já estava instalada no país vizinho. De funcionário de colonizadora a produtor rural foi um pulo. No começo, lembra o brasileiro, o apoio da comunidade e outros produtores foi

essencial para a região. “Eu sabia que a gente ia passar dificuldades. Não tinha energia e o telefone mais próximo ficava a 50 quilômetros de distância. Por aqui já tinha a rodovia, que era uma vantagem, mas a mecanização da terra estava começando. Tive que deixar o orgulho de lado. A gente buscava parceiros, formava grupos de oito, dez agricultores que se ajudavam e difundiam as tecnologias”, relata.

Em 1993, Edegar começou a apostar no girassol e na soja, e acabou impulsionando os negócios da família com nove boas safras consecutivas. “Fizemos cinco supersafras de girassol e quatro supersafras de soja, que foram importantes para os negócios”, lembra. Hoje o girassol não cobre mais a propriedade de Menegusso, que planta soja, milho e trigo em duas safras anuais. No Paraguai, muito produtor aposta na safra de soja para o inverno, já que o vazio sanitário do país, de junho a setembro, permite o plantio e a colheita.

 

Vantagens

Crédito facilitado, acesso a tecnologias, insumos e equipamentos de última geração, inexistência de rotas de aves migratórias, garantindo excelente status sanitário, baixa carga tributária, desburocratização, segurança, energia barata, internet de altíssima velocidade, cobertura de celular em todo o país e rentabilidade. São alguns dos motivos que, segundo Menegusso, fazem do Paraguai um país atrativo para o agronegócio. “O Paraguai é a oitava maravilha do mundo. Hoje não perdemos em nada para ninguém, como Estados Unidos, Brasil ou Argentina. Temos uma tecnologia avançada, que caminha a passos gigantescos. Aqui temos uma agricultura diferente, sem interferência do governo. Mas para conseguir um financiamento, por exemplo, é fácil e rápido, bem diferente do Brasil”, explica.

A importação de bens com baixa carga tributária, conforme Menegusso, possibilita que o produtor daquele país acesse os melhores implementos agrícolas do mercado mundial. “Sem querer menosprezar, mas tem muita máquina de qualidade inferior no Brasil. A gente compra máquinas novas e usadas de todo o mundo, com só 10% de imposto. São máquinas mais baratas e melhores”, comenta. Esse incentivo vem através da Lei de Maquila, que favorece a importação e a produção industrial para exportação de bens. Dezenas de indústrias brasileiras estão se instalando no país vizinho por conta dos incentivos da lei, como a Riachuelo e a fábrica de brinquedos Estrela.

“Com muitas vantagens para o produtor, o Paraguai saiu do anonimato, deixou de ser um mercado persa. Estamos em uma transação rápida, com um sistema judiciário melhor, uma polícia melhor, mais garantias jurídicas, instalação de indústrias, de pequenas montadoras. É uma segunda fase do Paraguai, que está vivendo a sua era da industrialização”, diz o produtor rural, que agora também começou a apostar na pecuária, com a criação de gado de corte.

Menegusso cita alguns desafios para o país vizinho, como saúde e educação, que nunca foram tratados com eficiência, mas acredita que o atual governo do presidente Horacio Cartes Jara, um dos maiores empresários do país, do ramo de fumicultura e fundador do Amambay, um dos maiores bancos do Paraguai, age para melhorar esses setores. “O governo do Cartes está investindo mais em educação e saúde. Ele tem uma visão que vai ajudar o Paraguai nesse sentido”, aposta. Cartes assumiu em 2013 com uma visão empresarial para o governo e busca manobras jurídicas para tentar ser reeleito em 2018, pois a Constituição paraguaia não permite a reeleição.

O caminho trilhado por Edegar Menegusso segue com o filho Fabrício Matheus, que se formou em Engenharia Civil, vai montar uma construtora, mas estuda para administrar a holding criada pelo pai para cuidar dos bens da família. “Estudei no Brasil, mas voltei para o Paraguai para ficar”, garante o jovem.

 

Requião, o melhor governador do Paraguai

Do limão, o paraguaio fez uma limonada. Explicação. Nos dois mandatos do governador Roberto Requião no Paraná, entre 2003 e 2010, o plantio e o trânsito de soja transgênica estava proibido no Estado brasileiro. Como o Paraguai produz muito mais do que consome – 9,4 milhões de toneladas de produção para um consumo de quatro milhões, segundo dados de maio de 2017 da Agrotec – uma das cinco maiores empresas de insumos e assistência técnica do país -, as exportações, que usavam as estradas brasileiras para chegar ao Porto de Paranaguá, ficaram intensamente prejudicadas.

Foi nessa época que foram construídos portos no leito do Rio Paraná, que hoje leva toda a carga para os portos da Argentina e do Uruguai. O meio pluvial barateou o frete e o custo para o produtor paraguaio. “Muita gente aqui no Paraguai brinca dizendo que o (Roberto) Requião foi nosso melhor governador. Proibindo o tráfego nas estradas do Paraná, fez o paraguaio criar os portos que hoje escoam as exportações”, menciona.

De acordo com o engenheiro agrônomo e gerente de Marketing da Agrotec S. A., Sidinei Neuhaus, hoje o Paraguai possui a segunda maior frota de barcaças do mundo. As embarcações podem levar até 30 mil toneladas de grãos rio abaixo, o equivalente a mil carretas articuladas. A produção mais ao Norte do país é escoada também pelo Rio Paraguai até o Oceano Atlântico. Vale lembrar que no país vizinho o trânsito de caminhões biarticulados é proibido. “A exportação de soja sai quase totalmente pelos portos dos rios; o Rio Paraguai, para a produção que vem lá de cima de Assunção, e o Rio Paraná, com a produção mais ao Sul. São dezenas de portos que embarcam soja até os portos de Rosário e Buenos Aires, na Argentina. É uma vantagem competitiva em relação ao Brasil. O custo de exportação é menor que no Oeste do Paraná (região brasileira próxima)”, comenta Neuhaus. “O Paraguai tem hoje a segunda maior frota de barcaças do mundo”, amplia.

 

Mais que soja

“O grosso é soja safra verão. Na safrinha, parte de área faz milho e outra parte faz trigo. Isso é 90% do negócio agrícola do Paraguai, mas também se planta outras coisas, como sorgo, girassol, amendoim e arroz, esse na bacia do Rio Paraguai. Aliás, o Brasil é o principal comprador de arroz do Paraguai. Cerca de 80% do arroz produzido aqui vai para o Brasil”, informa o engenheiro agrônomo. O Paraguai produz cerca de 1,1 milhão de tonelada de arroz todos os anos.

Apesar disso, a menina dos olhos é mesmo a oleaginosa, que neste ano, segundo Neuhaus, registrou a maior produtividade média da história. “Na soja verão foram plantados 2,8 milhões de hectares, com a maior produtividade média nacional da história, batendo 3,3 mil quilos por hectare (55 sacas/hectare ou 133/alqueire). Na divisa com o Brasil, o resultado foi ainda melhor: 140 sacas de média”.

O milho de verão, conforme Neuhaus, é basicamente para silagem. No inverno, o plantio aumenta. “O grosso do milho é a safrinha. Nesse ano devem ter sido plantados em torno de 600 mil hectares, com redução na área. Isso porque a soja safrinha está crescente nos últimos quatro anos. Esse ano também são em torno de 600 mil hectares. A produtividade também é boa, cita o profissional. “Nos últimos dois anos, o Paraguai colheu 5,8 mil quilos de milho por hectare (96 sacas/ha ou 234 sacas/alq). Para a colheita de inverno deste ano, porém, o agrônomo cita perdas com a desregulação do tempo de plantio. “Esse ano o milho foi plantado três semanas atrasado. Entraram muito no limite, em fevereiro. Se fechar 200 (sacas/alq) estamos bem”, diz.

Ao contrário da soja, conta o gerente, o principal destino do milho é para o consumo interno, mas boa parte também abastece o Brasil, especialmente Estados produtores de proteína animal na região Sul e Sudeste. “O principal destino do milho é o consumo interno. O Paraguai tem uma grande indústria de álcool (extraído do milho), e a outra parte vai para o mercado externo, especialmente para Santa Catarina e Paraná”, comenta.

 

Giuliano De Luca/OP Rural

Milho e soja são dominantes nas lavouras paraguaias

 

 

 

A família imigrante cresce

 

Brasileiros não se arrependem em ter deixado o país em busca de um futuro melhor no Paraguai

 

Giuliano De Luca/OP Rural
 

 

 

Antes de Neuhaus e Menegusso, já havia muito brasileiro fazendo história em terras guaranis. A imigração começou nos anos 1970, com desbravadores que chegavam a uma região coberta por uma densa mata nativa, poucas ruas e meia dúzia de casas em torno delas. Quem recorda desse tempo é o brasileiro Pedro Jacob Schlindwein, que em fevereiro de 1978 saiu com os pais e irmãos de Entre Rios do Oeste (PR) para colonizar o recémcriado município de Naranjal, 80 quilômetros ao Sul de Santa Rita. “Tinham cinco casinhas quando chegamos para colonizar”, conta.

A forma como eles chegaram ao Paraguai foi no mínimo curiosa, lembra o produtor. “A gente estava em Entre Rios e as duas colônias de terra do pai iriam ser inundadas pela Itaipu (formação do lago). A gente estava dentro de uma Kombi, os pais e os oito irmãos, e eu pedi pra parar e comprar uma bola em um mercadinho. Nessa, o dono do mercado chamou meu pai e ofereceu as terras de Naranjal em um mapa. Viemos ver e compramos”, relata. Os 20 alqueires se transformaram em 80 alqueires no país vizinho, dez para cada filho.

O tempo passou e alguns irmãos deixaram o país, mas Pedro e a esposa Clarice decidiram apostar no novo mundo que se abria cada vez mais. “Eu sonhava com um futuro melhor, vim porque queria isso para mim e para minha família”, descreve o imigrante. “Hoje tenho certeza que valeu muito a pena. Em 40 anos nunca perdi uma só safra”, comenta. “Eu tenho muito carinho pelo Brasil. Volta e meia a gente vai visitar os parentes, mas quando cruzamos a ponte de volta é que eu me sinto em casa”, revela Pedro.

Hoje o produtor tem uma área de 500 hectares, mas arrenda outros 400 de outros brasileiros. As lavouras no solo argiloso e fértil recebem soja no verão e milho no inverno. As três colheitadeiras, dois tratores plantadeiras e um caminhão muque na garagem da sede da fazenda suprem a falta de mão de obra. O maquinário, segundo Pedro, importado da Europa e Estados Unidos, é de última geração e mais resistente que os encontrados no Brasil.

 

Giuliano De Luca/OP Rural
Família Schlindwein e Bianchi: antiga e nova geração de imigrantes

 

 

MUDANÇA DE PLANOS

Cristiane, filha de Pedro e Clarice, cresceu e se casou. Teve dois filhos (Arthur e Juan) do primeiro casamento. Após a morte do esposo, ela conheceu Danoil Bianchi, o brasileiro da nova leva de imigrantes. Bianchi, de 32 anos, está há oito no Paraguai. Do casamento, surgiu Marcos Paulo, hoje com 11 meses. Dois brasileiros que se encontraram no país vizinho e hoje renovam a presença tupiniquim em solo estrangeiro.

“Aos 17 anos eu dei minha primeira palestra, pela Monsanto. Sai da empresa e tinha oportunidade de ir para a Venezuela, mas meu pai me convenceu a vir para o Paraguai. Vim para cá em um encontro de família, conheci a região de Catuetê, fiquei e acabei casando com a Cris”, expressa Bianchi, natural do Tocantins, mas criado em Passo Fundo (RS). “Antes disso, conhecia o Paraguai só até a ponte (da Amizade)”, menciona.

O jovem produtor começou com a proposta de uma empresa de agroquímicos, mas pouco tempo depois ele casou e tornou-se produtor. Soja e milho cobrem os 600 hectares da propriedade e garantem lucros para anexar mais áreas e investir em novos negócios. “Estamos nos estruturando”, pontua.

A nova aposta é na produção de gado de corte. “Estamos com 120 cabeças. A ideia é ir comprando vacas e inseminar. Vou criar um abatedouro dentro da própria propriedade”, revela Bianchi. De acordo com ele, o status sanitário do Paraguai garante uma carne de qualidade e segurança. Toda a produção, conforme o investidor, será destinada para o mercado interno.

 

FACILIDADES

O jovem cita facilidades que o Paraguai oferece e que não acontecem no Brasil para o agronegócio. “Hoje muitas empresas do Brasil estão vindo para o Paraguai. Temos uma energia elétrica muito barata, apesar que precisa melhorar a distribuição, o que incentiva esses investimentos. A carga tributária é baixa. Hoje temos várias indústrias que produzem insumos genéricos, bem mais baratos que importar da China ou Estados Unidos”, comenta.

Para a família, segurança. Essa é uma das grandes vantagens do Paraguai, na opinião de Pedro. “Estou há 40 anos no Paraguai e tivemos poucos assassinatos. Não me lembro do último. Hoje tenho mais receio de andar em Foz do Iguaçu do que aqui”, pontua. “Hoje toda fazenda tem arma”, amplia Bianchi. Nas ruas e lojas da região também é comum ver seguranças armados com escopetas e pistolas.

Brincando com miniaturas de colhedeiras e tratores no meio da sala, parece que o futuro do pequeno Marcos Paulo já está traçado. Na pequena Naranjal, que, de acordo com Bianchi, abriga brasileiros de quase todos os Estados, brota a esperança de um país até hoje estigmatizado, mas pujante, disposto e renovado.

 

TERRA DE OPORTUNIDADES

Ganhar em dólar, trabalhar em empresas poderosas, participar de treinamentos ao redor do mundo, ter uma boa casa, estabilidade financeira e segurança para a família. É isso que tem atraído cada vez mais profissionais brasileiros para o país vizinho. Engenheiros agrônomos, médicos veterinários e outros profissionais do setor estão deixando o Brasil em busca de melhores oportunidades em solo guarani.

Jhuan Kaster Hofstaetter se formou em Agronomia em Marechal Cândido Rondon no ano de 2010 e não pensou muito para deixar a cidade onde cresceu e se mudar para Santa Rita. Há oito anos no Paraguai, trabalha em uma das cinco maiores empresas de venda de insumos e assistência técnica do país. Mesmo a família com o pé atrás, decidiu encarar o desafio. “No começo meus pais ficaram receosos, não queriam que eu viesse. Foi bem na época das invasões, dos campesinos. Mas eu sabia que o Paraguai tinha melhores oportunidades porque havia e ainda há uma demanda muito grande por mão de obra. Sabia que as chances de se dar bem eram melhores aqui. Os primeiros vieram desbravar, nós viemos trabalhar”, argumenta.

Hoje ele faz vendas e atende clientes fixos na região central do Estado de Alto Paraná, a maioria brasileiros. “Cerca de 80% dos produtores que atendo são brasileiros e 20% são paraguaios”, menciona. “Por conta da colonização brasileira, a vida aqui é como no Brasil. Não muda muita coisa”, comenta.

A filha de um ano nasceu no Brasil, por conta da infraestrutura de saúde ainda deficitária em Santa Rita, mas a criação deve mesmo ser em solo guarani. “Não tenho ideia de voltar para o Brasil, a não ser para visitar os parentes”, pontua.

 

CARREIRA SÓLIDA

Trabalhando na mesma empresa, a Agrotec, o agrônomo Jeferson Luís da Rosa chegou ao Paraguai em 1984, acompanhando os pais e para se juntar a um tio que já estava instalado. Os tempos difíceis deram espaço a uma carreira sólida e promissora. “No começo era tudo muito difícil. Tinha muito mato e pouca informação. Os meus pais fizeram um pé de meia e voltamos para o Brasil em 1996. Após os estudos, Jeferson decidiu voltar para o Alto Paraná.

“As pessoas não conhecem o Paraguai. Aqui temos a oportunidade de ter uma renda maior, ter uma vida digna, como profissional e como pessoa. Temos oportunidades e facilidades que no Brasil não encontramos”, enaltece. O filho, que estuda em um colégio agrícola em Toledo (PR), também deve trabalhar no país vizinho. “Quero trazer ele pra cá. O agronegócio é nossa grande fortaleza aqui no Paraguai”, diz.

Copyright © 2017 O Presente