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Política

Crise afeta cerca de 30% dos municípios da Amop

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Perto de encerrar sua gestão como presidente da Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (Amop), em março, o prefeito de Matelândia, Rineu Menoncin (Teixerinha), tem percorrido a região para manter contato com os prefeitos, bem como ouvir as principais demandas municipalistas.

Em entrevista ao Jornal O Presente, durante sua passagem por Marechal Cândido Rondon, Teixerinha destacou a crise por qual passam muitos municípios. Conforme estimativa dele, em torno de 30% das prefeituras das 53 cidades que compõem a entidade estão com dificuldades financeiras. Como agravante, o governo federal não liberou no fim de 2017 os R$ 2 bilhões prometidos como forma de auxílio aos municípios brasileiros.

O presidente da Amop também falou sobre a preocupação com um possível jogo político em ano de eleição, assim como enalteceu o nome do presidente da Associação dos Municípios do Paraná (AMP) e prefeito de Assis Chateaubriand, Marcel Micheletto, que tem sido cotado para eventualmente compor Estimativa é do presidente da entidade, prefeito Rineu Menoncin (Teixerinha), segundo o qual, ao menos o Governo do Estado tem sido sensível em criar convênios para que prefeituras possam dar andamento aos investimentos Presidente da Amop e prefeito de Matelândia, Rineu Menoncin (Teixerinha):

“A preocupação da Amop, inclusive em conversa com outros prefeitos, é que vire um grande balcão de negócios, um ‘toma lá, dá cá’. Isso não pode acontecer. Nossos parlamentares precisam ter sensibilidade no que é o melhor para o Brasil” a chapa majoritária na disputa ao Governo do Estado neste ano.

Confira.

O Presente (OP): O senhor tem percorrido a região em visita a prefeitos. Qual é o objetivo destes encontros?

Rineu Menoncin (RM): O principal objetivo é interagir ideias e também devíamos aos prefeitos uma visita oficial, como presidente da Amop, para ouvir as demandas e necessidades. Até março poderemos ter alguns recursos que podem ser conseguidos junto ao Governo do Estado, bem como ao governo federal, que são as emendas parlamentares impositivas. Estamos buscando alternativas e vendo as necessidades dos municípios. Há municípios, principalmente os lindeiros, que têm conseguido muito junto aos governos estadual e federal, mas há outros que estão realmente bem deficitários. Alguns tiveram dificuldade para fechar o ano, inclusive em algumas situações foi preciso deixar o pagamento de fornecedores para janeiro. Estamos dando um apoio não só moral, mas também como presidente da Amop para levarmos junto ao Governo do Estado os problemas encontrados.

OP: Dos municípios de abrangência da Amop, é possível ter uma estimativa de quantos hoje enfrentam dificuldades financeiras?

RM: Podemos dizer que em pelo menos 30% é fático que estão enfrentando (difi culdades fi nanceiras), porque estes municípios dependem exclusivamente do FPM (Fundo de Participação dos Municípios). Outros municípios que fomentam mais, têm uma cadeia produtiva mais forte, contam com mais ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e outros tributos, possuem um caixa melhor. Além disso, existem os municípios lindeiros, que recebem os royalties e aí, logicamente, têm um adendo a mais. Mas os municípios que dependem exclusivamente do FPM estão sofrendo mais.

OP: Qual impacto para os municípios brasileiros o adiamento, por parte do governo federal, na liberação dos R$ 2 bilhões previstos como auxílio financeiro às prefeituras?

RM: Vejo um empenho muito grande do presidente da AMP (Associação dos Municípios do Paraná), Marcel Micheletto (prefeito de Assis Chateaubriand), em buscar um recurso extraordinário, que não tínhamos. No entanto, eu mesmo não acreditava que iria sair ainda em 2017. Então me precavi no meu município não contando com este valor. Mas algumas prefeituras pagaram alguns fornecedores e contavam com este valor até para o 13º. Veja como foi difícil fechar o caixa para estes municípios. Houve um equívoco dos ministros em não liberar estes R$ 2 bilhões. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, foi muito infeliz nesta postura que tomou, porque já estávamos contabilizando este recurso no nosso caixa. O presidente (Michel Temer) sensivelmente viu que errou e está revendo o erro para reportar este valor, que não é tão signifi cativo assim, mas já ajuda porque todo aporte fi nanceiro é bem-vindo.

 

 

 

Essa entrevista completa você confere em nossa edição impressa desta terça-feira (09).

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