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Marechal

Depois de ano difícil, construção civil espera 2018 melhor

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A política econômica adotada pelo governo federal refletiu em diversos setores, contribuindo para a queda na comercialização de produtos, além de influenciar numa menor contratação de profissionais para trabalhar em diversas áreas. Um dos segmentos que sentiu na pele foi o da construção civil, justamente ele que, assim como o agronegócio, habitualmente está posicionado entre os responsáveis por injetar muitos dividendos e gerar postos de trabalho consideráveis por envolver uma cadeia de atividades.

Embora de forma tímida, se comparado ao restante do país, em Marechal Cândido Rondon a tão propalada crise financeira trouxe reflexos na construção civil, ocasionando na queda de solicitação de alvarás de construção, documentos que liberam a etapa inicial das obras. Tal desaquecimento, segundo profissionais entrevistados por O Presente, foi causado pela dificuldade em financiar imóveis.

Conforme dados repassados pelo Setor de Alvará da Secretaria Municipal da Fazenda da Prefeitura de Marechal Rondon, o recuo foi de 16,5% em se tratando de emissão de alvarás de construção quando analisado 1º de janeiro até a última sexta-feira (08) deste ano em comparação com igual período de 2016. Enquanto no último ano foram 487 solicitações, ao longo deste ano a quantidade reduziu para 407 emissões. Já os alvarás de habite-se, que liberam a fase final da obra, baixaram de 405 de 1º de janeiro até 08 de dezembro de 2016 para 316 em igual época deste ano, redução de 20%.

 

Trabalhadores

Existe uma perspectiva de melhora no cenário quando o assunto diz respeito à geração de postos de trabalho em 2018. A expectativa é de que haja incremento na contratação de pedreiros e serventes para Marechal Rondon e região, contudo não deve ser tão significativo devido às alterações na lei trabalhista.

Mais um detalhe é que este aumento tende a ser observado em obras de maior relevância, como a construção de casas populares estilo Minha Casa, Minha Vida. Assim sendo, tais moradias devem ser executadas por empresas constituídas com a previsão de viabilizar mais empregos aos trabalhadores do setor.

 

Dificuldade para financiar

A arquiteta rondonense Gracieli Balest entende que a redução na emissão de alvarás de construção foi em decorrência de um empecilho: a maior dificuldade na liberação de financiamentos bancários. “No ano pas-sado e retrasado era mais fácil financiar, sendo que neste ano ficou mais complicado. A gente também percebe que esta redução no financiamento contribuiu para uma queda no segmento da construção civil”, menciona.

Gracieli lembra ser normal as projeções feitas no fim de um ano dando conta de que no outro a situação melhore, no entanto ela pondera que o índice não deve sofrer alterações consideráveis. “Analisando o mercado nos nove anos que tenho de atuação, a tendência é estabilizar, ou seja, que a construção civil aumente um pouco em 2018 quando comparado com este ano, justamente pela questão dos financiamentos e por outro fator que diz respeito a ter muitas casas à venda na cidade”, pontua.

A arquiteta salienta que há diversos prédios sendo levantados na zona urbana, algo difícil de ser observado anos atrás. “Essas construções verticais também favorecem com que sejam estabilizadas as emissões de alvarás de construção de um modo geral em se tratando de construções horizontais”, opina.

Confira a matéria completa na edição impressa desta terça-feira (12).

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