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Paraná

No auge das remodelações

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Marechal Cândido Rondon está seguindo o exemplo de diversos municípios do Oeste que repaginaram, nos últimos anos, uma e até mais avenidas que cortam os municípios.

Em 2012, Palotina inaugurou as obras de remodelação das avenidas Presidente Kennedy e Independência. Apesar de o atual prefeito Jucenir Stentzler ter inaugurado a obra, o projeto de remodelação foi iniciado no fim de 2012, ainda na gestão do ex-prefeito Luiz Ernesto de Giacometti.

Para quem visita o município, ainda é possível perceber os traços de uma cidade que há pouco tempo passou por uma grande mudança: foram colocadas calçadas adequadas à acessibilidade, com rampas para cadeirantes e guias para deficientes visuais, instalados bicicletários ao longo das avenidas, todo sistema de iluminação foi substituído e as antigas árvores foram retiradas para o plantio de novas espécies. As avenidas também receberam sistema de sinalização com placas e pintura no asfalto e calçadas, além da implantação de ciclovias.

 

“Cidade pelada”

Em 2016 foi a vez de Quatro Pontes começar a remodelar a Avenida Presidente Epitácio, ainda no mandato do ex-prefeito Paulo Feyh. A obra envolveu a construção de novo calçamento nos passeios laterais e aconteceu a remodelação total do canteiro central, sendo que parte dele recebeu uma ciclovia, além de um novo projeto de iluminação e nova sinalização horizontal e vertical. Além disso, ocorreu a retirada total da arborização. “Tivemos audiência pública com um pequeno número de pessoas. A retirada das árvores foi aprovada, mas quando a obra começou a andar, a população, mesmo que não tenha se interessado em comparecer á audiência, viu o impacto da retirada das árvores e se preocupou bastante”, destaca o atual prefeito do município, João Laufer.

De acordo com o mandatário, neste ano já foi realizada uma audiência pública para resolver o problema da falta de árvores na principal via do município – que rendeu a Quatro Pontes a característica de “cidade pelada”. “Ficou definido que será feito o plantio do oiti, que será licitado nos próximos dias, já com três metros, e no canteiro central de palmeiras reais. O impacto foi muito grande e nós precisamos de sombra porque o calor no nosso verão é insuportável”, diz, emendando: “Sugiro para que outros municípios que estão passando por esse processo avaliem muito bem a retirada de árvores, já que é mais fácil tirar o poste de lugar e adequá-lo ao projeto do que a árvore que está plantada. Sem verde não tem vida, a qualidade de vida cai, prejudica a umidade do ar, prejudica a saúde dos moradores, entre tantos outros problemas ambientais e de saúde que podem ocorrer”. 

 

Depois da tempestade, a calmaria

No fim do ano passado, Mercedes também inaugurou a sonhada obra de remodelação da Avenida João XXIII. O projeto priorizou a acessibilidade para os pedestres, por isso foram implantadas calçadas em paver, adequado o passeio de acordo com as normas de acessibilidade, contemplando piso tátil, rampas e ciclovia no canteiro central e as árvores também foram totalmente substituídas por novas espécies. “Quando nós sonhamos a revitalização da avenida, vimos que seria necessária a retirada total das árvores. Chamamos toda a população para a audiência pública e compareceram apenas 49 pessoas, o que é extremamente lamentável, pois o projeto é amplo, uma revitalização total de uma avenida, e houve pouco envolvimento da população”, destaca a prefeita de Mercedes, Cleci Loffi.

A revitalização também criou novas vagas de estacionamento lateral, contemplou um projeto de iluminação com superpostes com lâmpadas de LED, construção de galerias pluviais em seis quadras e recape asfáltico completo. “Eu não sou favorável ao corte de árvores, acho que nenhuma pessoa em sã consciência é, mas nós queríamos fazer um projeto que revitalizasse todas as calçadas e a grande parte das nossas árvores do canteiro central eram antigas, com enraizamento frágil, podre, o que colocava em risco a própria população”, explica.

O compromisso assumido pela administração foi de substituir todas as árvores, até porque, conforme Cleci, muitas daquelas que estavam no passeio lateral eram jovens e foram plantadas por moradores. “O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) nos orientou a plantar cinco espécies, plantamos, elas estão em fase de crescimento e daqui em torno de três anos aproximadamente estarão bem desenvolvidas. As pessoas sentem, sim, a extração das árvores, mas, por outro lado, elas também sentem o benefício de uma avenida nova, calçada nova, um asfalto de qualidade, com condições de trafegabilidade muito boas para pedestres, ciclistas, motoristas e pessoas com problemas de mobilidade”, declara a mandatária.

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