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Marechal Com capitão, sem capitão ou palpites

Entretenimento garantido, Liga Cartolaço amplia possibilidades em 2022

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Rondonense Marcelo Gimenes fala sobre a missão de dividir mais de R$ 180 mil ao final do Campeonato Brasileiro para os melhores “técnicos” da região Oeste do Paraná e de várias cidades espalhadas pelo país (Foto: Divulgação)

Dividir mais de R$ 180 mil ao final do Campeonato Brasileiro para os melhores “técnicos” da região Oeste do Paraná e de várias cidades espalhadas pelo país. A meta é ousada, mas para o Cartolaço, a Liga Gigante, elevar o nível a cada ano é uma prática válida.

Pelo sexto ano, uma das maiores e mais rentáveis ligas do fantasy game Cartola FC, elaborado pelo Sportv, no qual o “técnico” em questão pontua de acordo com o desempenho dos jogadores por ele escolhidos para seu time, chega para movimentar centenas de participantes com o objetivo de “mitar” na escalação e de quebra faturar uma grana considerável no fim do ano.

Com investimento de R$ 100 para participar na Liga Sem Capitão e R$ 200 para a Liga Com Capitão (quando o jogador escolhido para usar a braçadeira tem a pontuação dobrada), são muitos os cartoleiros que faturam R$ 500, R$ 1 mil ou até R$ 6,7 mil, como foi o caso do campeão geral em 2021.

Para quem gosta de adivinhar o placar exato das partidas do Brasileirão, existe ainda uma terceira opção: o Cartolaço Palpites, com inscrição por R$ 150 para cada turno.

E para organizar uma liga desse tamanho, somente um apaixonado por futebol e principalmente por números para dar conta de tantas tabelas e planilhas. Professor de Matemática nos níveis fundamental e médio na rede pública estadual e de estatística em vários cursos de graduação, como Engenharia Civil, Administração, Fisioterapia e Farmácia na rede particular de Ensino Superior, Marcelo Gimenes se desdobra para conciliar a profissão com a presidência do Cartolaço.

“Posso dizer que vivo o Cartolaço de janeiro a janeiro. Claro que há períodos que é mais tranquilo. Começo do ano, quando estou de férias e viajo, procuro me afastar um pouco no sentido de não enviar nada por lista de transmissão e nem WhatsApp, porém eu sempre dou uma conferida. Quando o campeonato começa, tenho a obrigação de todo fim de rodada elaborar e publicar as artes com os premiados, do 1º ao 5º lugar de cada liga, enviar nos grupos e também preparar na sexta-feira o material do programa Cartolaço, que vai ao ar às 15 horas. Isso vai até dezembro, e quando todo mundo já foi pago, começo a me preocupar em elaborar as regras e os banners da temporada seguinte, mas aí já fica mais tranquilo, porque tá chegando o Natal e estamos com a missão cumprida. Logo vira o ano, a gente sai de férias, descansa e quando volta começa tudo outra vez”, expõe.

Nesta semana que antecede o início do Brasileirão, que começa sábado (09), Marcelo Gimenes falou ao O Presente sobre sua relação com o fantasy e especialmente sobre a responsabilidade de “cuidar” e dar transparência em relação ao dinheiro investido por tantos cartoleiros. Confira.

 

Início

“Em 2011 fui apresentado ao Cartola FC por um amigo, mas disse a ele que não gosto de jogo que envolve dinheiro, por incrível que pareça. Ele me falou ‘não, mas tem futebol junto, você vai gostar, cria seu time e vamos fazer uma liga dos professores’. Dava aula em Cascavel e Assis Chateaubriand e organizamos uma liga em cada lugar. Começamos recebendo R$ 2 por rodada de cada participante. Eu era responsável por receber e fazer os pagamentos, mas logo percebi que assim não iria funcionar. No ano seguinte implementei o pagamento no início da temporada. Isso, no primeiro ano, em 2011, com 12 participantes, seis em cada faculdade”.

 

Batismo

“A cada ano a Liga foi aumentando, até que no fim de 2016, no churrasco com 60 participantes, acharam que a Liga dos Professores Malas não era um bom nome para ela crescer, então neste dia foi batizada a Liga Cartolaço. Ficou muito legal esse nome porque aproveita o nome cartola e dá a ideia de uma liga grande, tanto que o slogan é Cartolaço, a Liga Gigante”.

 

Ultrapassando fronteiras

“A Liga foi crescendo, um foi falando para o outro e acabou ultrapassando os limites da região, chegando a outros Estados e passando fronteiras. Tem participante de Cascavel, Maringá, Foz do Iguaçu, Londrina, Curitiba, do Paraguai, várias cidades de Santa Catarina, algumas do Rio Grande do Sul, muitos do Estado de São Paulo, inclusive da Capital, tem participante no Rio de Janeiro, Pernambuco, Paraíba, resumindo, do Brasil todo. Tínhamos um brasileiro morando em Londres, mas já retornou para o Brasil, e outro morando em Lisboa. Então, é o Cartolaço presente também de maneira internacional, além do Paraguai, em Portugal. A Liga cresceu muito, extrapolou”.

Marcelo Gimenes se desdobra para conciliar sua profissão com a presidência do Cartolaço. “Posso dizer que vivo o Cartolaço de janeiro a janeiro” (Foto: Arquivo pessoal)

 

 

TPC (Tensão Pré-Cartola)

“Meu WhatsApp funciona meio como um SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente). Já recebi muitas vezes inscrições em janeiro de pessoas querendo participar do Cartolaço, então faço esse atendimento. Quando volto de férias, inicia por fevereiro as inscrições da temporada do ano e já tenho que estar com os banners prontos para fazer o ‘merchan’. Vou falar que toda a minha hora livre estou consultando o WhatsApp para ver se alguém entrou em contato e também dia sim, dia não, mando o lembrete por lista de transmissão para as pessoas não esquecerem de se inscrever. Isso antes de abrir o mercado. Depois que abre o mercado, este ano foi dia 10 de março, tenho que me preocupar com duas coisas: fazer os recebimentos e também mandar os convites dos times, porque não basta a pessoa pagar o Cartolaço, ela tem que receber o convite para estar no sistema do SporTV e efetivamente participar da Liga, e isso vai até próximo da abertura da 1ª rodada. Quando chega na semana que antecede o começo do campeonato, vira uma correria, porque todo mundo quer entrar e eu fico bem ‘doidinho’, trabalhando às vezes até tarde para dar conta de atender a todos, e no sábado derradeiro é aquela loucura, acordo sete da manhã e vou dormir meia-noite fazendo inscrições da galera que deixou para a última hora. A gente tenta conscientizar para fazer a inscrição logo, mas sempre sobra o pessoal da última hora que faz inscrição no sábado”.

 

Trabalho sério

“Sempre tive a preocupação de fazer uma administração séria, não só na questão de pagamento, porque fazer o pagamento correto é o primeiro ponto. Organizo planilhas que vou alimentando a cada rodada com os vencedores, para não ficar acumulado no fim do ano. No final do campeonato, apresento essa planilha em ordem alfabética, com todas as premiações que os participantes ganharam, inclusive as premiações acumuladas, já com o valor total que eles têm direito. O Cartolaço é uma Liga que se estabilizou pela qualidade na prestação do serviço, com administração séria, organização e divulgação dos resultados semanalmente através de planilhas enviadas no grupo de WhatsApp e também com o programa Cartolaço, que vai para a terceira temporada. Até dezembro é essa vida de publicar os resultados. Depois que a temporada acaba, faço o planilhamento de toda a premiação, envio em formato PDF para o pessoal conferir e começo o contato para efetivar os pagamentos, faço a transferência do dinheiro. O dinheiro não é meu, estou cuidando do dinheiro da Liga Cartolaço, e quando sai a tabela de premiação final da temporada faço os pagamentos, que demora em torno de 15 dias”.

 

Premiação pulverizada

“O Cartolaço se estabilizou no mercado de ligas do Cartola. Sabemos que há várias ligas, cada uma com suas regras, mas o Cartolaço é uma liga que faz uma premiação pulverizada, ou seja, tem várias faixas de premiação, como por rodada para os cinco primeiros, tem premiação por mês, por turno, para o geral, que é a premiação para a pessoa mais regular. O participante que é regular, às vezes, não é premiado em nada, mas lá no fim do ano é premiado por regularidade. E tem premiação também por acúmulo de cartoletas, então é uma liga que premia por várias faixas e agora vem no formato ‘Com Capitão’ e ‘Sem Capitão’, dando a oportunidade para a pessoa decidir se quer jogar em uma dessas ou em ambas, como vários cartoleiros já fizeram”.

 

Pix para facilitar

“No fim do ano entro em contato com cada ganhador para saber o que ele deseja fazer com a premiação. É a pessoa que decide, se já quer quitar o ano seguinte, então desconto e transfiro a diferença. Se ela decidir receber tudo e pagar a inscrição no ano seguinte, ela recebe sem problema nenhum. Uma coisa que ajudou bastante foi o Pix, porque em vários anos eu ia nos bancos, pegava envelopes e preenchia em casa. Fazia saque de um grande volume de dinheiro e colocava dentro desses envelopes todos os valores de cada participante. Porém, com o Pix agora ficou bem mais fácil”.

 

The “zoeira” never ends

“Nossa liga permite uma competição acirrada, onde a zoeira não tem limite. Temos grupos de WhatsApp em que brincadeiras acontecem 24 horas, mas é importante salientar que o Cartolaço tem qualidade nos seus participantes e é certeza de um entretenimento de alto nível”.

 

Divisão dos prêmios

“Todo ano faço uma previsão de participantes e quanto vamos arrecadar, e a partir daí mais ou menos distribuo os prêmios. É claro que precisam acontecer essas inscrições e chegar ao número definitivo, dependo do número de inscritos para fazer a divisão, o planilhamento dos prêmios. Sempre preciso obedecer à regra do Cartolaço, que é fazer uma premiação pulverizada, então procuro realizar a divisão mais lógica possível nas premiações. Se coloco R$ 300 de premiação para o campeão da rodada, para o mês tenho que dar uma premiação maior, R$ 500, por exemplo, porque é mais difícil uma pessoa ficar campeã no mês, pois exige mais regularidade do que uma pessoa ser campeã na rodada, que tem uma pitada de sorte também, além de escalar bem. Assim acontece com a premiação por turno, que precisa ser maior que a mensal, e com as premiações de todo campeonato. O campeão geral tem que ter uma boa premiação. Geralmente coloco cerca de 10% da arrecadação para o campeão geral, porque o cara ficar o ano inteiro em 1º na liga exige uma grande regularidade nas escalações. Faço essa divisão no início para fazer as propagandas, mas tenho que revisar essa premiação, uma vez que dependo de quantos inscritos terão. Não há números exatos, mas toda temporada, aproximadamente, metade dos participantes consegue algum tipo de premiação. Já os cartoleiros mais estrategistas e/ou sortudos figuram nas cabeças de várias faixas de premiações, levando, ao final da temporada, R$ 1 mil, R$ 2 mil e até R$ 6,7 mil, a exemplo do nosso campeão de 2021”.

 

Estratégia de cartoleiro

“Considero-me experiente e crítico do futebol, e no Cartola faço uso desta experiência. Contudo, nesse jogo conhecer os times, os jogadores, os esquemas táticos e as equipes com poder ofensivo, bem como aquelas com defesas impenetráveis, ajuda, mas não é determinante para fazer uma boa pontuação. É preciso uma boa pitada de sorte. Escolher o artilheiro da rodada, o garçom, o ‘ladrão’ de bolas ou o goleiro com mais defesas passa por estratégia, mas culmina no fator sorte. Sempre escalo com pitadas de acaso, ou seja, vou em alguns jogadores menos comentados para ter um diferencial. Pode ser que por isso, na pontuação geral, sempre fico mediano. A Liga Cartolaço é bastante acirrada e é bem difícil conseguir destaque, mas em todas as temporadas sempre belisco um pódio”.

Dono do Gimenes Terminator: “Vou em alguns jogadores menos comentados para ter um diferencial. Pode ser que por isso, na pontuação geral, sempre fico mediano” (Foto: Arquivo pessoal)

 

Ainda dá tempo

“Estamos prontos para fornecer, novamente em 2022, um serviço de qualidade por meio dos produtos Cartolaço, seja a Liga Com Capitão, Sem Capitão ou mesmo o Cartolaço Palpites. Em qualquer delas, podem ter certeza, há garantia de entretenimento, competição de alto nível e zoeira”.

Ficou interessado em participar do Cartolaço? Entre em contato com o presidente, Marcelo Gimenes, pelo WhatsApp (45) 99912-8927. Mas corre, porque a inscrição vai só até sábado.

Grupo Cartolaço cresce a cada temporada (Foto: Arquivo pessoal)

 

Vidrado em futebol desde a Copa do Mundo de 78, na Argentina, Marcelo Gimenes guarda na memória o único título mundial do time, o Flamengo, em 1981 (Foto: Arquivo pessoal)

 

 

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