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Paraná

Crimes mais graves da Operação Lava Jato ocorreram no Paraná

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Paulinho Krelling/G1 Paraná

O Ministério Público Federal (MPF) afirma que os crimes mais graves identificados pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), ocorreram no Paraná. A informação está no site criado pelo órgão sobre a investigação, que é considerada a maior ação contra corrupção, lavagem e desvio de dinheiro do país. A estimativa é que o esquema tenha movimentado R$ 10 bilhões apenas na Petrobras o desvio foi de R$ 2 bilhões, segundo o MPF.

Os primeiros fatos investigados pela Lava Jato envolviam a figura de Alberto Youssef e ocorreram em Londrina e também em São Paulo. Segundo o MPF, ele lavou ativos por meio de atividades e imóveis localizados em Londrina e Curitiba. Mais tarde, a Polícia Federal descobriu centenas de crimes correlacionados praticados no Paraná, São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro e Pernambuco.

Com o desdobramento da investigação, verificou-se que a atuação de Youssef era mais abrangente e culminava na participação de políticos e agentes públicos com atuação da Petrobras. Em uma defesa prévia, o advogado de Youssef, Antônio Figueiredo Basto, afirma que a intenção era garantir um projeto de poder.

Agentes políticos e públicos foram os maiores responsáveis pelo esquema que desviou fabulosas quantias dos cofres da Petrobras, visando a manutenção de um projeto de poder bem definido, diz Basto no documento, de 86 páginas. Segundo o advogado, o doleiro apenas cumpria ordens. Sua função era fazer o dinheiro chegar aos corruptos e irrigar contas de partidos políticos, garante.

Além da figura de Youssef, a Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), localizada em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, também é considerada chave na investigação. O MPF afirma que há anos tramita um inquérito para apurar o superfaturamento dessa refinaria. Há ainda provas concretas de corrupção envolvendo propinas de dezenas de milhões de reais pagas em obras, diz o MPF.

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