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Paraná

Secretário diz que crime organizado pode estar por trás de fuga no Paraná

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Depen/Divulgação
Com a explosão, um buraco foi aberto no muro da penitenciária

O secretário de Segurança Pública do Paraná, Wagner Mesquita, afirmou neste domingo (15) que a fuga de presos da Penitenciária Estadual de Piraquara I (PEP I), na Região Metropolitana de Curitiba, pode estar ligada ao crime organizado. Vinte e oito detentos detentos escaparam nesta madrugada, sendo que dois foram mortos na fuga.

“É inegável que uma ação dessa coordenada, planejada e com um armamento desse e tendo por foco uma unidade penal que abriga presos faccionados (…) que o crime organizado, notadamente uma facção criminosa, a que mais atua neste estado, tenha propiciado esta ação, isso até é o mais provável”, explicou o secretário.

A fuga aconteceu depois de uma explosão que abriu um buraco em um dos muros da unidade.

 

Nova Operação Alexandria

Mesquita também disse que dará continuidade nas investigações para uma nova Operação Alexandria.

Mais de 700 pessoas, suspeitas de integrar organização criminosa com atuação dentro e fora de presídios do Paraná, já foram denunciadas pelo Ministério Público Estadual (MP-PR), com base na Operação Alexandria.

“Nós temos material apreendido, nós temos indivíduos presos, ou seja, nós temos material a trabalhar e agora, a partir de amanhã [segunda-feira, 16] vamos coordenar algumas ações com todas as polícias do estado e com a Polícia Federal e dar início a uma nova investigação Alexandria, uma nova Operação Alexandria tanto investigação, tanto na parte de inteligência quanto em ações extensivas”, afirmou.

O secretário de Segurança explicou que são necessárias ações em outras cidades do estado. “Nossas polícias já estão em alerta desde outubro do ano passado, em um momento que nós identificamos que havia uma guerra entre facções em andamento, já estão em prontidão, tanto é que a resposta hoje foi adequada sob a ótica policial e nós precisamos somar ações ostensivas também no interior do estado, em Londrina, em Cascavel, em Foz do Iguaçu, onde pode haver atuação do crime organizado”.

 

‘Ação muito bem planejada’

“A nossa tratativa hoje [domingo, 15] foi uma resposta à uma ação do crime organizado, uma ação muito bem planejada, utilizando armamento moderno, ou seja, então houve toda uma ação que precisou ser rechaçada pela polícia e por agentes penitenciários do SOE [Serviço de Operações Especiais] que estavam de serviço”, afirmou Mesquita.

De acordo com o secretário de Segurança, a ação da polícia evitou uma fuga em massa. “Hoje [domingo, 15] houve a fuga de 26 indivíduos envolvidos com o crime organizado, porque essa unidade, a PEP I, contém indivíduos que são participantes do crime organizado, são faccionados”.

 

Muro vigiado

O delegado Luiz Alberto Cartaxo Moura, diretor do Departamento Penitenciário do Estado do Paraná (Depen), disse que o muro da penitenciária vai ser vigiado até ser reconstruído.

“O muro será vigiado enquanto não estiver tampado aquele buraco, mas isso é questão de um ou dois dias para ser efetuado aquele conserto”, afirmou.

Para Cartaxo, a perda material dentro da unidade foi mínina. Ele disse que apenas uma cela está isolada, até ser arrumada.

“Foi uma ação muito ousada. Utilização de armamento extremamente pesado, a utilização de um contingente de pessoas do lado externo bastante grande”, pontuou o diretor do Depen.

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