O Boletim Técnico nº7 – Alerta Cigarrinha, divulgado nesta sexta-feira (10), aponta que o número médio de cigarrinhas (Dalbulus maidis) no período de 27 de fevereiro a 06 de março foi de 11,7 por armadilha e 76% das armadilhas capturaram de um a 20 cigarrinhas em Marechal Cândido Rondon. O Distrito de Margarida apresenta a maior média de insetos capturadas por armadilha (29,2), enquanto que o Distrito de Novo Horizonte repete pela segunda vez a menor média de cigarrinhas capturadas por armadilha (3,1). Conforme o boletim, até o momento não foi identificado foco de molicutes nos Distritos de Iguiporã e Novo Três Passos.
No período dessa avaliação, as condições climáticas no período com média de precipitação pluvial acumulada no município de 34 milímetros, com variação na distribuição das chuvas sendo registrado média de 10 milímetros em Porto Mendes e 63 milímetros no Distrito de Novo Horizonte. A temperatura média no período foi de 24,1 °C, máxima de 29,6 ºC; mínima de 20,1 ºC e a umidade relativa do ar média de 77% com máxima de 92% e mínima de 54%.
Na sétima avaliação da flutuação populacional de Dalbulus maidis na cultura do milho safrinha, das 68 propriedades em avaliação, 65 (95,6%) já estão com o milho semeado, dos quais 58,5% estão na fase de duas a seis folhas (V2-V6), 23% estão na fase de germinação, enquanto apenas 18,5% já passou o estádio V8 (mais que 8 Folhas), as quais, caso não tenham sido contaminadas pelos molicutes, apresentam baixo risco de perda de produtividade.
Das lavouras implantadas 26,8% ainda não receberam a primeira aplicação de inseticida, visto que estão na fase de germinação ou tiveram algum impedimento, 17,9% fizeram manejo com uma aplicação, 21,4% duas aplicações, 17,9% três aplicações e 16% já manejaram as pragas iniciais com inseticidas por no mínimo quatro vezes.
Quanto a população de cigarrinhas, cinco (7,5%) das armadilhas não capturaram cigarrinhas do milho (cor branca no mapa) e 62 (92,5%) pontos registraram a presença do inseto nas armadilhas, que contabilizaram um total de 786 cigarrinhas, sendo que 27 armadilhas (40,3%) capturaram até cinco cigarrinhas (pontos cor amarela); 24 armadilhas (35,8%) de seis a 20 cigarrinhas (pontos cor laranja claro), oito armadilhas (11,9%) capturam entre 21 e 50 cigarrinhas (pontos cor laranja escuro) e três armadilha (4,5%) capturaram entre 51 e 100 cigarrinhas (pontos cor vermelho). Uma armadilha foi perdida nesta avaliação.
O município rondonense apresentou média de 11,7 cigarrinhas por ponto de avaliação, isso significa aumento de 48% em relação a avaliação anterior.
Na Figura 2 pode-se observar que o Distrito de Novo Horizonte, apresentou menor presença do inseto (3,5 cigarrinhas), porém com aumento de 135% em relação a avaliação anterior e o Distrito de Margarida apresentou a maior presença, com 29,2 cigarrinhas capturadas em média, significando aumento de 88,5%.

O Distrito de Margarida vem se mantendo até agora com o distrito com maior presença do inseto em todas as avaliações.
A sede municipal apresentou 9,4 cigarrinhas capturadas por armadilha (aumento de 15%) e os Distrito de Novo Três Passos e Porto Mendes com 8,4 e 8,2 cigarrinhas capturadas por armadilha respectivamente (aumento de 12% e 58% respectivamente).
No Distrito de São Roque foram capturadas em média 7,6 cigarrinhas por armadilha, sendo único com pequena redução (redução de 7%).
E por fim o Distrito de Iguiporã com número médio de 6 cigarrinhas por armadilha teve aumento pouco significativo (aumento de 4%), o que pode se considerar estável.

Flutuação populacional da cigarrinha do milho
A flutuação populacional da cigarrinha do milho pode ser visualizada na Figura 4, apresentado dados desde o início das avaliações em 16 de janeiro até o momento atual, com ajuste da flutuação no Distrito de Margarida conforme avaliações dos períodos de 06 a 12 de fevereiro e 21 a 27 de fevereiro (linha vermelha tracejada na Figura 4).

Esse ajuste foi necessário pela perda de amostras no período de 13 a 20 de fevereiro. Na Tabela 1 estão os dados completos do monitoramento para cada ponto – data, número de cigarrinhas e infectividade -, que você pode conferir no Boletim Técnico nº7 – Alerta Cigarrinha. Para cada região de monitoramento foram coletadas amostras de cigarrinhas nas armadilhas que capturaram o maior número de cigarrinhas, para analisar se elas estão ou não contaminadas com os molicutes (Candidatus Phytoplasma asteris e Spiroplasma kunkelii) e o Vírus da risca do milho (Maize Rayado Fino Virus – MRFV).
O resultado das quatro primeiras análises laboratoriais referente a captura de cigarrinhas no período de 16 de janeiro a 12 de fevereiro pode ser visualizada na Tabela 1 e a presença de pontos positivados com pelo menos um patógeno (+) no mapa (Figura 1).

Quanto a localização e raio de ação da população de cigarrinhas infectadas com patógenos causadores dos enfezamentos e risca do milho, pode-se visualizar na Figura 5 para Fitoplasma (A), Espiroplasma (B) e Virus da risca do milho (C) com base nos pontos amostrados e raio de migração principal de 2,5 km.
Em uma primeira análise, observa-se focos de Fitoplasma nos distritos de Porto Mendes, Margarida e Sede Municipal com um foco isolado em Novo Horizonte. Quando se observa a presença de Espiroplasma percebe-se focos isolados na Sede Municipal e distritos, com exceção de Novo Três Passos e Iguiporã.
Para o vírus da risca do milho percebe-se focos em Margarida e Porto Mendes, Novo Três Passos e Novo Horizonte, com um foco isolado na Sede Municipal. Embora haja um foco deste último no Distrito de Iguiporã, o mesmo está na divisa com o Distrito de Porto Mendes, apresenta seu raio de ação apenas parcial no distrito.
Momento crítico
Na sétima avaliação da flutuação populacional de cigarrinhas no milho a precipitação pluvial reduziu significativamente em relação as duas semanas anteriores (média 34 milímetros), permitindo a retomada do crescimento populacional.

O momento é crítico e exige muita atenção com monitoramento constante em cada propriedade, pois 81,5% das propriedades onde o milho já está em desenvolvimento estão entre a germinação e 6 folhas (VE-V6).
Nesse período as plantas infectadas pelos molicutes apresentam potencial de redução da produtividade principalmente em cultivares mais sensíveis sendo importante adotar o manejo recomendado pelo Engenheiro Agrônomo que presta assistência técnica.
Acompanhamento do Alerta Cigarrinha
O jornal O Presente Rural realizou uma parceria com a equipe do Projeto Alerta Cigarrinha e é o veículo de mídia oficial para divulgação dos boletins técnicos.
Para acompanhar os resultados e informações do último monitoramento clique no Boletim Técnico nº7 – Alerta Cigarrinha.
O Presente Rural com Adapar
