A conta de energia elétrica representa um dos gastos mais elevados para o produtor rural e a cada ano fica ainda maior.
O decreto federal 9.642, de 2018, que suspende o benefício nas tarifas de unidades consumidoras com classificação rural, está marcado para acabar definitivamente no último mês do ano de 2023, igualando a tarifa da classe residencial urbana com a rural.
Muitas propriedades rurais já estão fechadas, mesmo sem a perda total do desconto noturno, pois estão sendo sentidos os novos valores com a redução parcial do subsídio.
Várias entidades do agro estão mobilizadas para tentar reverter o quadro adverso, como é o caso do Sindicato Rural Patronal de Marechal Cândido Rondon, que encaminhou inúmeros pleitos às autoridades.
A propósito, o provável fim do subsidio à energia rural será um dos assuntos da reunião marcada para esta quinta-feira (20), em Toledo, com o deputado federal eleito Dilceu Sperafico.
Além de lideranças sindicais do município-sede do encontro, também estão confirmadas presenças de representantes de Marechal Cândido Rondon e Palotina, entre outros convidados.
“A nossa preocupação é grande porque desde muito tempo a gente vem mexendo com ofício, entrando em contato com deputados, fazendo força também frente à Federação da Agricultura, mas estamos chegando no último ano dos 20%. Estamos lutando através de uma PL para que essa PL derrube o decreto assinado pelo Michel Temer em 2018, que prevê que em cinco anos essa tarifa acabaria, sendo equivalente a tarifa urbana”, comenta o presidente do Sindicato Rural rondonense, Edio Chapla.
Segundo ele, apesar do grande engajamento nos últimos anos, não obteve-se êxito na questão de resultado. “Temos a preocupação, pois essa PL, segundo a denominação, é através do pessoal da área técnica e Secretaria de Minas Energia, eles nos passaram que essa PL seria um tanto quando inconstitucional, então é de difícil aprovação, até porque deveria mudar algumas leis e isso seria muito difícil. Então, estamos trabalhando agora de uma outra forma. Vamos tentar achar uma alternativa para que esse valor que a gente vem perdendo a cada ano nos próximos anos que de repente a gente possa achar uma brecha no orçamento do governo federal para que o nosso setor do agronegócio seja atendido”, pontua.
Com Rádio Difusora
