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Agronegócio Atividade em ascensão

Parceria da Copagril com Copacol faz crescer produção de tilápias na região

Tilápia é a principal espécie de peixe criada em cativeiro na região, mas instabilidade do mercado particular traz dificuldades aos produtores. Parceria entre as cooperativas proporciona facilidades aos produtores associados, por meio do sistema de integração

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Supervisor de fomento da área de peixes da Copagril, Thales Serrano Silva, com o associado Silvio Vorpagel

Uma das áreas que vem crescendo significativamente junto aos associados da Copagril é a da produção de peixes em tanques de água doce. Há praticamente dois anos a cooperativa replanejou a atividade, contratando um técnico para atender aos associados e promover o crescimento da piscicultura.

“Nestes dois anos vimos que praticamente quadruplicou o volume de peixes produzidos pelos associados da Copagril. Podemos dizer que estamos passando por um momento de estabilidade e qualidade na parceria com a Copacol, que industrializa os nossos pescados”, afirma o supervisor de fomento da área de peixes da Copagril, Thales Serrano Silva.

Com a estabilidade no processo de produção, os associados da Copagril chegam a fornecer hoje aproximadamente seis milhões de peixes por ano para a Copacol. “São 36 associados que estão devidamente preparados e participando da produção. Todas propriedades estão bem organizadas e passaram por remodelações para ficar em conformidade com a legislação e a logística necessária. As propriedades estão bem equipadas e os produtores devidamente orientados, para que não haja perdas e mortalidade significativas. Isto é fruto do trabalho desenvolvido ao longo dos anos, com muita orientação e apresentação para que os produtores trabalhem dentro das normas e técnicas recomendadas”, menciona Thales.

Somente tilápias são destinadas para o abate, na produção que segue um ciclo de nove meses. “O tempo de cultivo é de 250 dias, quando os peixes devem chegar no peso médio ideal, de 800 gramas, ainda que fatores climáticos possam interferir no tamanho dos mesmos”, expõe o técnico, complementando: “Os 36 associados da Copagril que participam do programa possuem, juntos, cerca de 82 hectares de lâmina de água”.

Com relação à possibilidade de expansão do setor, Thales diz que no momento está preenchido o possível ciclo de produtores. “Para a segurança do programa, é preciso ter limites. Os associados integrados não vivem a especulação que o mercado normalmente propõe, mas vivem da segurança que a integração proporciona. Para que tudo aconteça nos conformes, os alevinos são fornecidos no limite da cooperativa parceira, a Copacol”, comenta.

De acordo com o técnico, o mercado está em expansão. “Temos informações de que está faltando peixe no mercado. Isso dá uma projeção de que o produtor vai ganhar mais na próxima safra”, prevê.

Melhor é a integração

Associado da Copagril, o agricultor Silvio Vorpagel possui em sua propriedade, na Linha Heidrich, interior de Marechal Cândido Rondon, um tanque com 6,4 mil metros cúbicos de lâmina d’água, onde mantém em torno de 41 mil peixes por lote.

Segundo ele, participar do programa da Copacol via Copagril é a segurança que precisava para permanecer na atividade. “Produzir peixes de forma particular é muito instável. Na produção particular você precisa de praticamente um ano para sustentar os peixes para depois tentar ganhar algo. No sistema de integração a gente recebe os alevinos, vem a ração, visitas dos técnicos e temos a garantia de pagamento. Eu recebo por conversão alimentar a cada lote entregue”, destaca o associado da Copagril.

Ração própria

Dentro do planejamento de atuação no setor de peixes, a Copagril está começando a produzir ração própria para o setor. “Tanto os produtores associados quanto os não associados poderão adquirir a partir deste mês de janeiro a ração de peixes produzida pela indústria da Copagril”, informa o supervisor comercial da Copagril, Riscala Mocelin.

“A Copagril vai trabalhar rações de peixes em escala comercial para os segmentos juvenis, engorda e acabamento, seguindo os melhores parâmetros nutricionais recomendados, atendendo a demanda da região”, expõe, ampliando: “Conforme estudos preliminares, alcançamos o nível das melhores rações disponibilizadas na região, que proporcionará ganho de conversão alimentar e melhores resultados para os produtores”.

A fábrica de rações da Copagril destinará espaço para a produção de aproximadamente três mil toneladas por mês. “Ainda que na fase inicial a produção seja menor, com o tempo podemos chegar à produção total projetada”, projeta Riscala.

Duas serão as marcas de ração de peixes a serem utilizadas pela Copagril: Impulso (voltada para o mercado de particulares) e Copagril (para os associados da cooperativa). A Copagril fornecerá as quantidades de rações via sacas ou a granel, conforme a demanda do produtor.

Vista do tanque da propriedade de Silvio Vorpagel, onde são cultivadas 41 mil tilápias a cada 11 meses

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