O presidente do Sindicato Rural Patronal de Marechal Cândido Rondon, Edio Chapla, se diz indignado com o fim da tarifa rural noturna de energia elétrica que beneficiava as propriedades rurais do Paraná.
“Recebemos essa notícia através do governador do Estado do Paraná, Ratinho Junior, com indignação por não renovar a tarifa. Temos uma preocupação muito grande porque muitos produtores ainda não possuem usina fotovoltaica e sendo esta uma energia limpa, que não acaba e que o impacto ambiental é pequeno, porém, recursos insuficientes de plano safra fazem com que este investimento fique atrasado em sua implantação”, explica Edio Chapla.
A alta taxa de juros também é outro implicante para que isso não ocorra, além do que muitos produtores não se enquadram em programas como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e o Pronamp, que é o Financiamento para custeio e investimentos dos médios produtores rurais em atividades agropecuárias.
Criado por meio de lei estadual de 2019, o Programa Tarifa Rural Noturna garantia um desconto especial na fatura de energia elétrica e dos encargos decorrentes desse serviço, inclusive, no adicional de bandeira tarifária, relativa ao consumo de energia elétrica ativa no meio rural.
“O que podemos fazer agora é nos unir aos demais Sindicatos Rurais do Paraná e assim, somando forças, fazer com que a tarifa volte a ser ativada nos moldes que eram”, diz.
Chapla conclui dizendo que também precisam ser discutidas as demandas que também já foram apresentadas pelo Governo Federal ao agronegócio.
A medida oferecia aos produtores rurais um desconto de 60% na cobrança de energia elétrica, entre 21h30 e 6 horas, resultando em uma redução considerável no custo de produção animal.
Procurando incentivar os agropecuaristas a investirem em energia solar fotovoltaica, o Governo do Estado anunciou o fim do subsídio em detrimento a 12 mil propriedades rurais do Estado.
Essa decisão de colocar fim ao Programa Tarifa Rural Noturna deve causar grandes impactos diretos na cadeia produtiva, podendo dificultar atividades cruciais para o setor agropecuário.
De acordo com a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, o agronegócio tem o Valor Bruto de Produção na casa de 120 bilhões de reais, representando 34% do total do PIB do Paraná.
A medida ignora o fato de que o campo e suas vertentes também respondem por 80% do esforço exportador do Paraná, o qual é o terceiro Estado neste segmento, com mais de 13% do total.
O Presente com informações da Rádio Difusora
