A pergunta acima é sempre de difícil resposta. E é simples a razão de termos sempre dúvidas nessa resposta.
Soja é hoje, diante de todo o cenário econômico global, uma commoditie que mantém uma ótima liquidez, refletindo em preços bem satisfatórios, sobretudo, quando olhamos as cotações na principal referência de preços, ou seja, a Bolsa de Chicago. Claro, em reais, perdemos competitividade, sobretudo, ao longo do primeiro semestre de 2023, graças aos problemas estruturais que insistimos em não resolver internamente, como logística de transporte, capacidade de armazenamento e modernização dos portos.
Nesta questão, temos que ter claro em nossas mentes que, infelizmente, são entraves que vão ainda persistir e, muito provável, que teremos um início de 2024 bem parecido com o de 2023, ou seja, portos congestionados e reflexos negativos nos prêmios.
Então, olhando um pouco à frente, com boa expectativa de produção na América do Sul e muito milho ainda a ser embarcado até início de 2024 – estamos produzindo uma safra recorde de milho -, é bom se precaver, não deixar como na última safra para vender uma grande parcela do produto da “mão pra boca”, se proteger, no mínimo garantir os custos da safra de soja que a semeadura se inicia agora, antecipando vendas para este fim, opções para isto existem.
Quem fez isto na última safra não se arrependeu, e o quadro é o mesmo. Vamos esperar que a demanda também continue no mesmo ritmo.
João Luis Nogueira é diretor do Departamento de Agronegócios da Prefeitura de Toledo, presidente do Conselho de Agronegócios, palestrante e consultor
