Fale com a gente

Editorial

A cigarrinha e a inflação

Publicado

em

Que a inflação tem corroído o dinheiro dos brasileiros não é mais novidade para ninguém. O problema é que ela não para de aumentar. Por mais que o Banco Central tente intervir no aumento dos juros para tentar controlar o consumo da população, alguns itens básicos extremamente necessários para as famílias estão subindo seguidamente.

Quem vai ao mercado sabe do que se trata. Carrinho cheio virou ostentação. Ontem (09) a Petrobras anunciou mais um aumento no preço do diesel, de quase 9%, com validade a partir de hoje (10). Os produtos que já estavam caros, que dependem do combustível para sua distribuição, vão ficar ainda mais altos. É o tal do efeito dominó, que vem de mansinho, mas acerta em cheio.

Por mais que a população sinta os efeitos dessa inflação, a região Oeste do Paraná, bastante desenvolvida, tem no agronegócio sempre uma pontinha a mais de esperança. A riqueza que brota das lavouras e das granjas na região abastecem os proprietários, mas também as famílias e as administrações.

Mas se é verdade que nada está tão ruim que não possa piorar, muitos produtores da região, que têm sofrido com as questões climáticas nas últimas safras e que acreditavam em uma boa produtividade na lavoura, que deve ser colhida em algumas semanas, estão sofrendo com a cigarrinha do milho. A praga é relativamente nova, causa prejuízos sanitários nas lavouras e queda de produtividade e qualidade dos grãos. Além da cigarrinha, outro “tormento” são os enfezamentos, causados por bactérias da classe mollicutes.

Para lançar luz ao problema e tentar encontrar alternativas para o controle e redução de prejuízos às plantações, nesta semana Marechal Cândido Rondon recebe a visita de profissionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Adapar e da Embrapa, que vão palestrar no município a fim de disseminar informação e sugerir caminhos para melhor conviver com essas doenças do milho, que têm tirado o sono de muitos produtores.

Se há queda de produtividade nas lavouras do Oeste do Paraná, certamente isso afeta os municípios e seus cidadãos. Caso as commodities, como soja e milho, não parem de subir ou se mantenham a preços elevados, a inflação vai, sim, corroer ainda mais o salário dos brasileiros. Por isso, blindar o agronegócio é uma maneira inteligente de, também, tentar controlar a inflação. E não somente o agro dos grãos, das carnes e do leite, mas também o agro das verduras, das laranjas, do mel, do algodão, das cenouras, dos tomates…

As lideranças do agronegócio estão tentando encontrar soluções para não prejudicar o fornecimento de alimentos para os brasileiros e elevar ainda mais os preços nas gôndolas.

No entanto, está parecendo cada vez mais impossível controlar a inflação geral para os brasileiros. E a escalada de preços de produtos básicos, como alimentos, combustíveis e energia elétrica, torna ainda mais dolorosa a vida do trabalhador que usa o salário basicamente para quitar esse tripé de gastos.

Continue Lendo

Copyright © 2017 O Presente