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Silvana Nardello Nasihgil

Alguém já lhe contou que você deve ser a prioridade da sua vida?

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Quando você não compreende que precisa se amar muito e ser a pessoa mais importante da sua vida, você perde e todas as pessoas ao seu redor perdem também.

O sentimento de fazer tudo pelos outros sem medidas faz com que nos esqueçamos de nós. Isso se torna um cálculo quase matemático, pois quem tira tudo de si, se esvazia.

Quem possui esse padrão de comportamento precisa repensar suas atitudes e sentimentos, buscar perceber que não está indo a lugar algum. Com o tempo se tornará o que salva e morre afogado.

Quem vive só para agradar os outros esquecendo-se de si se torna uma pessoa chata, exigente, e com o tempo começa a cobrar “dívidas” que o outro não fez. Passa a viver o mundo dos outros, procurando o tempo todo caber em algum lugar, mesmo que esse lugar não lhe pertença. Passa a viver a vida do outro, invade o mundo do outro e sem perceber deixa de ter vida própria e se torna um peso.

A vida não pode se tornar um fardo, um carregar peso alheio o tempo todo sem descanso. Quando o intuito de se sentir útil e ter quem agradeça pelo empenho e pela bondade vem através do dar-se ao outro, mesmo que de forma inconsciente, tudo o que é feito desmedidamente tem um lado muito negativo que desgasta e enfraquece.

Se comprometer em fazer alguém feliz deve vir de um ser humano feliz, de alguém que transborde autoconfiança e amor próprio, de alguém consciente de si e com espaços saudáveis para incluir outra pessoa.

Então, se você nunca pensou sobre isso, hoje eu lhe convido a pensar sobre a sua vida e os seus comportamentos, sobre o quanto você tem dado de si e o quanto espera ser reconhecido por tudo o que tem dado.

Lhe convido também a olhar para você e buscar compreender quanto você tem reservado do seu tempo para se amar, se cuidar e investir em você, buscando o que lhe faz bem, se permitindo um pouco de egoísmo e dizer sem medo: eu mereço!

Todos os dias temos a oportunidade de fazermos diferente, escolhermos as mudanças necessárias, aquelas que nos darão qualidade de vida e que venham para dar leveza ao existir.

Que tal começar fazendo pequenos agrados para você e por você? Comece nas coisas simples. Permita-se, por exemplo, sentir prazer em comer a sua fruta preferida, ficar dez minutinhos a mais na cama, mudar o caminho na volta para casa e observar a paisagem, conversar com alguém que você sente falta, relaxar em frente à TV sem culpa, pedir que alguém faça por você aquilo que você sempre se colocou disponível para fazer.

Busque olhar para os outros não como alguém a quem você tem que servir, mas como alguém com quem você pode compartilhar a vida e também alguém por quem você possa ser servido.

Aí você pode perguntar: quando eu posso fazer essas mudanças? Como faço para começar?

Eu lhe respondo: comece agora se amando. Se ame muito, acima de tudo. Então você saberá como fazer.

Isso lhe dará liberdade para sentir a vida na essência e fazer então as escolhas necessárias… E essa vida nova fará de você uma pessoa nova, muito mais leve e feliz.

Arrisque-se, permita-se ser você de verdade… esse é o começo de tudo.

 

 

Silvana Nardello Nasihgil é psicóloga clínica com formação em terapia de casal e familiar (CRP – 08/21393)

silnn.adv@gmail.com

 

 

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