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Arno Kunzler

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Se alguém pode manipular as urnas eletrônicas para forjar resultados diferentes dos que representam a soma exata dos votos, conferidos e auditados previamente, essa mesma pessoa ou quadrilha não vai conseguir forjar também o voto impresso?

Sabemos que as máquinas obedecem ordens e se forem programadas para oferecer saldos diferentes isso é possível.

Mas também sabemos que se elas conseguem produzir um saldo diferente da soma geral dos votos é muito provável, para não dizer certo, que conseguirão imprimir votos que não foram depositados.

É incrível quando observamos os argumentos de quem acha que as eleições são fruto de manipulação das urnas eletrônicas.

Não que devemos acreditar cegamente em tudo que nos apresentam e propagam, mas para desacreditar em alguma coisa, precisamos, no mínimo, ter noção do que estamos contestando e baseado em que estamos fazendo isso.

Já ouvi argumentos assim: “tá vendo o que acontece com a urna eletrônica, na Bahia o adversário do Bolsonaro fez mais de 60% dos votos”…

Bom, se lá está errado porque o adversário fez mais de 60% imagino que o cidadão também considere errado onde o Bolsonaro fez mais de 60%. Mas não, ali estava certo.

Parece que o instinto negacionista se multiplica, provavelmente por uma sensação antecipada e com receio de que o resultado não seja o esperado em 2022.

É o mesmo que o cidadão que é a favor do uso e porte de arma de fogo alegando que está defendendo a sua vida e protegendo sua família dizer que é contra a vacina e o uso de máscara. E como tem…

É infinitamente mais provável que a pessoa morra de Covid do que assassinada por um bandido, é só ver os números.

 

Arno Kunzler é jornalista e diretor do Jornal O Presente e da Editora Amigos

arno@opresente.com.br

 

 

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