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Editorial

As viaturas pretas

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Há oito anos as fronteiras entre Brasil, Paraguai e Argentina não são mais as mesmas. Atuando no combate à criminalidade na região, o Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron) mudou a paisagem das cidades onde atua. O BPFron é uma unidade ligada à Polícia Militar do Paraná, criada para ampliar a segurança nos municípios e de suas populações. Sua sede, em Marechal Cândido Rondon, ainda é provisória, assim como em Guaíra, mas em Santo Antônio do Sudoeste já conta com sede própria, o que deve acontecer em breve nos dois municípios do Oeste.

Hoje as unidades têm viaturas modernas, com alta tecnologia embarcada, equipamentos de ponta, embarcações de patrulha, armas que fazem jus à necessidade da região, visto que as quadrilhas de contrabandistas e traficantes são extremamente armadas e perigosas.

A criminalidade usa as rodovias, estradas rurais e o Lago de Itaipu para o contrabando de mercadorias e o tráfico de drogas e armas, especialmente do Paraguai para o Brasil. E por essas bandas sempre estão as já caracterizadas viaturas pretas, com homens e mulheres especializados em combater esse tipo de crimes, mas que no fundo buscam uma só situação: garantir a segurança das pessoas. E não só das pessoas aqui do Paraná, mas de todo o Brasil, já que grande parte de suas apreensões feitas até hoje teriam como destino vários Estados do país, como o Rio de Janeiro e suas favelas da “guerra”, e alimentariam grupos perigosos, como o Primeiro Comando da Capital, o PCC.

Nesses oito anos, números de apreensões e prisões se multiplicaram sucessivamente. No entanto, não há como mensurar o número de crimes que o BPFron inibiu apenas pela sua presença na região. Com apoio das polícias Militar, Civil, Federal, Rodoviária Federal e Rodoviária Estadual, além de Exército e Marinha, o batalhão especializado em fronteiras se tornou um exemplo que deve ser difundido em outros Estados, nos milhares de quilômetros de fronteiras do Brasil com países da América do Sul.

Depois de todas as conquistas e de oito anos de zelo pela comunidade, o BPFron em Marechal Cândido Rondon merece e precisa de uma sede própria, mais ampla, capaz de abrigar o audacioso projeto desenvolvido para a unidade. Uma sede própria é de vital importância para que os resultados dessa corporação possam ser ainda mais expressivos.

É preciso ainda continuar investindo em equipamentos, novos policiais, mais treinamentos e qualificações e, especialmente, em inteligência, para que as ações sejam cada vez mais seguras e eficientes, contra os grandes barões do contrabando e do tráfico.

Mas é hora de comemorar. Há oito anos, acertadamente, o Paraná criava o primeiro batalhão especializado em policiamento de fronteira do Brasil. Hoje percebe-se o quão importante foi essa instalação.

Por fim, a sensação de segurança também melhorou com a chegada das viaturas pretas. Mais policiais nas ruas aumentam a sensação que as pessoas têm de estar seguras.

Que os oito anos que se passaram sirvam de inspiração a esses guerreiros para os próximos anos que virão. O crime não dá trégua; a Polícia Militar e suas viaturas pretas também não.

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