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Arno Kunzler

Atitude suspeita…

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O movimento que promete parar o Brasil dia 13 de março reclama que 1.000 pessoas (políticos, juízes, empresários entre outros) que usam o poder que têm para se locupletar não podem ser mais fortes do que 200 milhões de brasileiros.

É evidente que a indignação dos brasileiros com suas lideranças, em todas as esferas do poder, está causando um profundo mal-estar.

Quando vemos os brasileiros saqueando e matando fortuitamente, torcedores se agredindo nos estádios, pessoas xingando autoridades, não é por nada. É que as autoridades não se fazem respeitar.

O Brasil está vendo seus líderes eleitos ou não em permanente ATITUDE SUSPEITA.

E atitude suspeita na linguagem policial é motivo para detenção e averiguação.

Caso a atitude seja confirmada, fica preso.

Caso seja apenas uma atitude que não caracteriza qualquer suspeita, o cidadão é solto sob observação.

Faz algum tempo que estamos vendo os governantes e seus apadrinhados em atitude suspeita.

Pois estão, o que podemos fazer nós, brasileiros desarmados, que confiamos nossos votos a pessoas que irresponsavelmente vendem seu poder para se locupletar, ora determinando seus próprios vencimentos, ora cobrando comissões por negócios absurdos, ora criando leis que beneficiam aqueles poucos privilegiados.

O movimento propõe radicalizar como única forma de derrubar essa ditadura que se estabeleceu em pleno regime democrático e, como disse o ministro do Supremo Luiz Fux, a atitude do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, ao dizer que vai checar dois milhões de assinaturas, é virar as costas para o povo.

É assim que os brasileiros veem seus líderes, de costas para o povo.

E quando um projeto de lei entra em discussão, poucos ainda confiam na sua tramitação sem artimanhas.

É por esses labirintos legais que se criam os privilégios, na sombria Brasília, onde parece que tudo pode, tudo é permitido e tudo acaba acontecendo.

A atitude dos nossos políticos, e não só eles, é suspeita, sim!

É por isso que os brasileiros têm lotado as avenidas das grandes cidades protestando, ora para tirar o PT do poder e, agora, pasmem, para tirar quem tirou o PT.

Michel Temer e sua tropa não estão demonstrando estar à altura do que esperam os brasileiros de quem governa o país. Ainda que os projetos, alguns importantes, possam ser aprovados durante sua gestão, o pacote é altamente comprometedor.

Um governo com tanta gente corrupta, com tantos aliados precisando de favores, com tanta gente sendo acusada de ter recebido milhões ilegalmente para se eleger, dificilmente vai ter condições de sustentar reformas dignas sem entregar a melhor parte aos apadrinhados.

Assim, podemos sair desse imbróglio pior do que entramos.

Então, pra rua brasileiros, protestar!!!

Parece que essa é novamente a única saída, a única chance de não ver os corruptos, os grandes vilões da pátria, nos governando.

Se preciso for, dez ou 20 movimentos gigantescos de protesto, teremos de enfrentá-los.

O povo nas ruas é o último recurso.

Pelos trâmites normais, Brasília se torna intocável, tanto na questão legislativa que tenta melhorar as leis quanto na questão punitiva, em que a Justiça se curva diante da imposição dos corruptos.

É como os traficantes que governam os morros do Rio de Janeiro. A sensação que temos no Brasil é a mesma que têm os moradores das favelas. Em cada uma, um bandido perigoso no comando.

Brasília está literalmente obedecendo ordens do crime organizado em desobediência civil. Não há respeito ao regime, à constituição e muito menos ao miserável povo brasileiro que elegeu e confiou nesses políticos.

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