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Editorial

Bem-vinda ao novo lar

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A Lar Cooperativa Agroindustrial assumiu nesta semana o complexo avícola da Copagril. Com a nova direção, a cooperativa de Medianeira, que é a que mais emprega no Brasil, finca definitivamente seus pés em Marechal Cândido Rondon e municípios vizinhos, administrando toda a indústria frigorífica em Marechal, a planta de produção de rações em Entre Rios do Oeste e o fomento técnico aos produtores. A Copagril, por sua vez, vai se dedicar com mais afinco a outras áreas de atuação, como produção e recebimento e esmagamento de grãos, produção de suínos e leite (que são destinados à Cooperativa Central Frimesa fazer o processamento), supermercados, postos de combustíveis e lojas agropecuárias.

Com a incorporação, a Lar passou a ter mais de 20,7 mil funcionários. E a cooperativa, que antigamente se chamava Cotrefal, fundada por um padre, em Missal, vem com “sangue” nos olhos. Além de investir R$ 410 milhões na compra do complexo avícola, os novos investimentos devem passar de R$ 60 milhões logo de cara. A ideia é, em pouco tempo, duplicar o abate hoje feito em Marechal, com a ampliação do número de avicultores e aviários e mudanças na plataforma industrial, que vão desde o aumento de turnos e dias trabalhados até a ampliação física da estrutura.

Há na região, segundo a Lar, um represamento de produtores que querem investir na atividade, mas não conseguiam porque a estrutura da Copagril não foi ampliada com o tempo. Se a unidade em Marechal começar a abater aos sábados, 400 novos empregos serão gerados imediatamente na cidade e região.

Com mais esta planta, a Lar passará a abater quase um milhão de aves por dia nas quatro unidades de Matelândia, Cascavel, Rolândia e Marechal Rondon. Com isso, se torna a 4ª maior empresa do ramo avícola do Brasil, atrás apenas das gigantes BRF, JBS e Aurora.

A fábrica de rações em Entre Rios vai ganhar um investimento de R$ 40 milhões para se tornar dedicada, ou seja, exclusiva para a produção de rações para aves. Assim, evita-se a contaminação de rações de outras espécies, por exemplo, na hora de carregar os caminhões. É o futuro da alimentação de precisão na produção de proteína animal.

A Copagril deve expandir em todas as outras atividades de atuação, já que vai envidar esforços em áreas específicas que não a avicultura. Uma das possibilidades é trabalhar com a tilapicultura, ou seja, produção, abate, processamento e venda de tilápias e seus subprodutos, atividade hoje muito bem desenvolvida na região por empresas e cooperativas, como a C.Vale, de Palotina, e Copacol, de Cafelândia.

Que a Lar seja muito bem-vinda a sua nova casa, compartilhada, do jeito que o cooperativismo ensina. Será bom para todos. Bom para a Copagril, bom para a Lar, bom para os produtores rurais e para as novas oportunidades e bom para os municípios. São ações dessa envergadura e arrojo que colocam o Oeste paranaense entre as regiões mais prósperas do Brasil. Ousadia, trabalho e visão clara do futuro vão impulsionar os negócios agropecuários cada vez mais pelos próximos anos.

 

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