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Arno Kunzler

Bom negócio

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As prefeituras não revelam e talvez ninguém tenha feito as contas ainda, mas neste fim de ano, com certeza, haverá uma economia gigante em todos os municípios por conta da pandemia.

As programações natalinas e de fim de ano mobilizam muita gente, geram elevados gastos, especialmente nos municípios que procuram atrair visitantes para seus eventos.

São custos com fogos, com segurança, com limpeza, com preparação dos locais e a maioria das prefeituras oferecem atrações gratuitas como shows e outros eventos.

Neste aspecto, pelo menos, os municípios começam o ano de 2021 em melhores condições do que nos anos anteriores.

Por outro lado, na maioria das prefeituras teremos continuidade dos governos, como em Santa Helena, Pato Bragado, Guaíra, Nova Santa Rosa, Marechal Cândido Rondon e Quatro Pontes, municípios onde os prefeitos foram reeleitos.

Em Entre Rios do Oeste e Maripá, prefeitos sucessores do mesmo grupo.

Mercedes e Toledo elegeram prefeitos adversários dos atuais, onde naturalmente haverá um processo de transição mais delicado; não que algum prefeito tenha anunciado dificuldades, mas por serem adversários políticos naturalmente há uma transição diferente.

Além disso, o período de preparação dos novos governos foi menor este ano por conta do adiamento das eleições.

Mas também vivemos um amadurecimento político. Não há mais espaço para fazer “sacanagem” num final de governo e deixar o sucessor em maus lençóis.

Até porque os números das contas das prefeituras são compartilhados com o Tribunal de Contas em tempo real praticamente, o que gera uma cumplicidade imediata, caso alguém infrinja as regras.

Podemos concluir, então, que os municípios terão condições de começar o ano de 2021 senão pisando no acelerador, pelo menos não pisando no freio, como geralmente acontece no início de um novo governo.

Ainda precisamos conquistar um tempo em que o mês de dezembro que encerra um mandato não se diferencia do mês de janeiro que inicia um novo mandato.

Nem por dívidas deixadas pelo antecessor de curto prazo e às vezes impagáveis, nem por dificuldades de encontrar contratos não disponibilizados ao sucessor e nem por falta de previsão orçamentária.

Há de chegar o dia que a civilidade prevalecerá nos órgãos públicos, no trato entre adversários políticos e, principalmente, nas contas públicas, não somente por economia forçada, como neste ano, mas por planejamento e responsabilidade de todos.

 

Arno Kunzler é jornalista e diretor do Jornal O Presente e da Editora Amigos

arno@opresente.com.br

 

 

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