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Editorial

Cidade amiga da bicicleta

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Quanto mais bicicletas, mais acidentes. Nem sempre é assim.

Marechal Cândido Rondon, considerada Cidade Amiga da Bicicleta no Paraná, tem muita bike por quilômetro quadrado. Por onde você vá ou por onde você olhe há pessoas circulando com as populares magrelas nas ruas do município. Quem vem de fora, muitas vezes, até se surpreende com a quantidade de ciclistas.

Por aqui temos ao menos uma bicicleta por habitante, se não mais. Desde que nos conhecemos por gente, um dos primeiros presentes de peso dado às crianças é uma bicicleta. Aos poucos os pequenos vão crescendo e fazendo uso deste meio de transporte e quando adultos começa tudo de novo. Daí será a vez de enquanto pais ou mães dar sequência à tradição de presentear o filho com uma bike.

No trânsito rondonense, elas aparecem de todos os lados, quando menos se espera. Por isso, todo cuidado é pouco. Se ela favorece o ciclista por ser mais prática em termos de locomoção e circulação, este também deve favorecer a condução deste meio de transporte, conduzindo-o com atenção quanto às regras gerais de trânsito. Até porque, em caso de acidente, por estar exposto, pode levar a pior e ter complicações mais graves. Apesar de as bikes rodarem em velocidades inferiores a carros e motos, os condutores, em sua maioria, andam sem equipamentos de proteção, e isso é um perigo.

Volta e meia você escuta motoristas daqui e dali dizerem que dirigir em Marechal Rondon, especialmente no centro da cidade, é para os fortes, porque na maior parte do tempo, principalmente em pico de horários comerciais ou fim de expediente, as ruas ficam tomadas de ciclistas por todos os lados, na contramão, nas ciclovias… Qualquer pequeno descuido pode resultar em um grande problema.

Fato é que mesmo nestes moldes, o fluxo vai e vem no dia a dia e, felizmente, temos resultados a comemorar. Sim, porque se a população rondonense aumentou, também aumentou o número de bicicletas por aqui, contudo, o número de acidentes envolvendo ciclistas não aumentou: diminuiu em torno de 20% nos últimos dez anos. Isso mostra que os ciclistas estão mais conscientes e cuidadosos.

A redução destes números está intimamente ligada à utilização das ciclovias e à ampliação das mesmas. Ainda assim, temos muito a evoluir.

Para que o trânsito siga em melhor sintonia e harmonia, pensar em infraestrutura mais adequada para os ciclistas é considerável. Além do que, muitas das ciclovias da cidade estão em estado questionável. Por isso, vale um olhar atencioso para este público. E oxalá passemos os próximos dez anos com cada vez menos acidentes envolvendo ciclistas!

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