Fale com a gente

Paraná Produtivo - ADI-PR

CNI encaminha propostas de enfrentamento dos efeitos da crise decorrente da pandemia de Covid-19

Publicado

em

Medidas contra a crise
A Confederação Nacional da Indústria encaminhou ao governo um conjunto de propostas para as áreas de tributação, política monetária, financiamento, normas regulatórias e legislação trabalhista. Ao todo, as 37 medidas visam o enfrentamento dos efeitos da crise econômica decorrente da pandemia do coronavírus. As medidas foram elaboradas em parceria com as federações estaduais da indústria. Entre as propostas está a facilitação, por parte dos bancos públicos e de desenvolvimento, do acesso a capital de giro, inclusive para empresas que têm crédito imobiliário, com condições diferenciadas de juros, carência de pelo menos seis meses, prazo ampliado e flexibilização das garantias. Contam também entre as medidas o adiamento, por 90 dias do pagamento de todos os tributos federais, incluindo contribuições previdenciárias, redução temporária das tarifas de energia elétrica, por meio de encargos setoriais e da utilização de bandeiras tarifárias e redução dos depósitos compulsórios sobre depósitos a prazo e à vista.

Startup do Paraná
A startup paranaense de equipamentos de saúde Hi Technologies, especializada em exames laboratoriais, está produzindo um lote de testes para diagnosticar o coronavírus, cujo avanço rápido no país tem ampliado a demanda por prevenção e detecção da doença. Segundo o presidente da companhia, Marcus Figueiredo, o teste foi validado há poucos dias e o primeiro lote chegará a alguns clientes na semana que vem, depois a farmácias e hospitais de algumas das cidades mais populosas do país a partir de abril. O procedimento de teste é feito de forma remota, com a amostra de sangue coletada numa cápsula e introduzida com reagentes num dispositivo portátil. O resultado é transmitido instantaneamente para um laboratório físico, onde os dados são processados com uso de algoritmos antes da emissão de um laudo. O resultado sai em até 15 minutos, ao custo de R$ 130, segundo a empresa.

Healthtech
Criada em 2017, a Hi Technologies se apresenta como uma healthtech, plataforma de tecnologia de serviços de saúde. A empresa afirma que já está trabalhado com seu sistema de laboratório portátil com redes de farmácias incluindo RD, Pague Menos e Panvel para detecção de doenças como Aids, Zika, Chikungunya, dengue, hepatites e diabetes. A startup tem uma equipe de 125 pessoas, incluindo farmacêuticos e engenheiros de medicina, com parte da equipe rodando o noticiário global sobre epidemias para eventualmente desenvolver testes para detecção delas. A companhia tem entre os sócios a Positivo Tecnologia e os fundos de venture capital monashees e Qualcomm Ventures.

PIB paranaense
O agronegócio é responsável por 33,9% do PIB do Paraná, valor que em 2017, chegou a R$ 142,2 bilhões, aponta o Ipardes. No Brasil, nesse mesmo ano, o agronegócio teve participação de 21,4% no total de todos os bens e serviços produzidos, segundo cálculo do Cepea/USP, o que realça a força do agro paranaense. Em 2017, de acordo com o IBGE, o Paraná tinha 10,7 milhões de hectares destinados à produção de lavouras. Havia 1,5 milhão de hectares com floresta plantada e a área de pastagem ocupava 3,8 milhões de hectares. Entre os principais produtos agrícolas paranaenses estão a soja, que teve grande crescimento no período estudado, milho e trigo. No setor pecuário, os destaques são para a avicultura e suinocultura.

Portos do Paraná
Diante das restrições por causa do novo coronavírus e dos reflexos nas áreas econômica e da saúde, os portos do Paraná estão trabalhando 24 horas, nos sete dias da semana, para garantir o trânsito dos mais variados tipos de cargas. A atividade portuária é essencial para cadeia de alimentação global. Também é pelos portos que chegam insumos importantes para manter a população saudável, incluindo a importação de equipamentos médicos e ingredientes para fabricação de medicamentos. “O porto é por onde chegam itens essenciais de alimentação, combustíveis e produtos de saúde. Além disso, a atividade portuária segura os efeitos devastadores das crises econômicas, mantendo a geração de emprego e renda nas cidades portuárias e contribuindo com o pagamento de impostos, que são usados pelas prefeituras em cuidados com a população”, explicou o presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

Linhas de crédito
O Banco do Brasil anunciou que dispõe de R$ 100 bilhões para empréstimos a pessoas físicas, empresas e o agronegócio. Também há recursos para compra de suprimentos e outros investimentos na área de saúde, eficiência energética, infraestrutura e viária, educação e saneamento para prefeituras municipais e governos estaduais. Do total, R$ 24 bilhões são destinados a pessoas físicas, R$ 48 bilhões são para empresas, R$ 25 bilhões para o agronegócio e R$ 3 bilhões para administrações públicas municipais e estaduais. Os recursos irão reforçar as linhas de crédito já existentes, principalmente as voltadas para crédito pessoal e capital de giro. No caso dos estados e municípios é necessário que tenham limite de crédito no Banco do Brasil e atendam as condições legais previstas pelo Tesouro Nacional.

Abate de suínos
O ano de 2019 do setor pecuário foi marcado por recordes no abate de suínos e na produção de ovos, impulsionados pela demanda da China, que sofre efeitos da peste suína africana. O abate de suínos alcançou 46,33 milhões de cabeças, aumento de 4,5% em relação a 2018, com alta em 20 dos 25 Estados pesquisados, enquanto a produção de ovos chegou a 3,83 bilhões de dúzias em 2019, aumento de 6,3% em relação ao ano anterior, com crescimento em 21 dos 26 Estados. Outro recorde foi a produção de leite, que atingiu 25,01 bilhões de litros, alta de 2,3% sobre a quantidade registrada em 2018. Os dados são da Estatística da Produção Pecuária, que o IBGE divulgou na quinta-feira (19).

Expansão
A pesquisa mostra também que o abate de bovinos cresceu 1,2%, somando 32,44 milhões de cabeças, com expansão em 15 dos 27 Estados. Enquanto o abate de frangos cresceu 1,9% para 5,81 bilhões de cabeças, após dois anos consecutivos de queda na comparação anual. As altas no abate de frangos foram registradas em 15 dos 25 estados pesquisados.  No 4º trimestre de 2019, o abate de bovinos caiu 1,4% e os de suínos e frangos subiram 6,2% e 3,8%, respectivamente, no último trimestre de 2019, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Já em relação ao terceiro trimestre de 2019, o abate de bovinos reduziu 5%, o de frangos variou -0,1% e o de suínos subiu 1,2%.

Frigoríficos
Com a escalada da disseminação do coronavírus no Brasil, a indústria frigorífica espera uma queda de 20% na demanda interna por carne bovina após uma retração de 4,4% nas exportações do produto in natura na primeira quinzena de março. A Associação Brasileira de Frigoríficos, que representa os frigoríficos de carne bovina, tem orientado seus associados a diminuírem as escalas de abate com o intuito de adequar a oferta à restrição da demanda causada pela menor atividade econômica do país. Os frigoríficos brasileiros de médio e pequeno porte têm buscado trabalhar com escalas de até uma semana. A medida é uma forma de contornar os impactos de uma suspensão total das atividades. Segundo a entidade, o custo fixo médio de uma unidade frigorífica gira em torno de 17% do seu custo total, que varia conforme o tamanho da operação.

Custo de produção
O levantamento mensal da Embrapa Suínos e Aves apontou que em fevereiro passado a produção de um quilograma de frango custou R$3,07, valor que representa aumentos de, aproximadamente, 2% sobre o mês anterior e de pouco mais de 10% sobre o mesmo mês de 2019 (R$2,79/kg em fevereiro do ano passado). Isto, porém, é o de menos. Porque, ao valor apontado para fevereiro, o atual custo situa-se, nominalmente, como o segundo mais elevado da história do setor, ou seja, encontra-se aquém apenas – e por uma diferença de irrisórios 6 (seis) centavos/kg – do recorde registrado em junho de 2016, ano em que o País enfrentou quebra na safra de grãos. Nada impede que esse recorde seja superado em março corrente.

Preço do suíno
Os preços de venda do suíno vivo no mercado independente continuam em trajetória de alta e subiram até 18% em um mês e meio, segundo informações divulgadas pelo portal suinoculturaindustrial.com.br. De acordo com os dados, em 31 de janeiro o animal comercializado no estado custava R$ 4,90 o quilo e, nesta semana chegou a R$ 5,80, em uma alta de 18,4%. Levando em consideração o estado de São Paulo, o quilo do animal chegou a R$ 5,97 na última semana, sendo que estava custando R$ 5,07 no fim de janeiro. No Rio Grande do Sul o preço se estabeleceu em R$ 5,48, um aumento de 2,62% em relação ao mês anterior, sendo o preço mais baixo dos estados pesquisados. Santa Catarina registrou um aumento de 0,89%, para R$ 5,67 e Paraná viu o preço aumentar cerca de 0,87%, chegando em R$ 5,80 na última cotação. Em Minas Gerais e em Goiás não houve alterações em relação ao último mês, sendo o preço ficou estipulado em R$ 5,90 nos dois estados.

Consumo de energia
O consumo de eletricidade no Brasil registrou leve avanço de 0,4% nos primeiros 15 dias de março, na comparação com mesmo período do ano anterior, informou a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) em boletim na última quinta-feira, 19. Os dados vêm após retração na demanda por energia em janeiro e fevereiro, atribuída principalmente às menores temperaturas. A CCEE destacou, no entanto, que os números são de “período anterior ao agravamento dos impactos causados sobre a economia pela disseminação do Covid-19″. O crescimento apresentado nesta prévia decorre principalmente do efeito do feriado de Carnaval que, em 2019, ocorreu no dia 5 de março”, disse a CCEE em nota, destacando que temperaturas amenas também ajudaram a limitar o avanço do consumo.

Redação ADI-PR Curitiba
Coluna publicada simultaneamente em 20 jornais e portais associados. Saiba mais em www.adipr.com.br.  
  

Continue Lendo

Copyright © 2017 O Presente