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Paraná Produtivo - ADI-PR

Colheita da soja no Paraná atinge 96% da área semeada de 5,4 milhões de hectares

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Soja colhida

A colheita da soja no Paraná já atinge um total de 96% da área semeada de 5,4 milhões de hectares, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral). Isso significa que os trabalhos estão no mesmo ritmo em relação ao ano passado e levemente à frente da média para o período. Desde a semana passada, os trabalhos perderam ainda mais ritmo e avançaram apenas 4%, já que na anterior a colheita da soja somava 92% das áreas. No comparativo anterior o avanço era de 7% e no anterior 10%. Até o momento apenas dez núcleos regionais terminaram a colheita da soja e outros seis estão praticamente no fim, com mais de 90% dos trabalhos terminados.

(Foto: Divulgação)

 

Pior resultado

O volume de serviços prestados no Brasil caiu 1% em fevereiro, na comparação com janeiro, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se do pior resultado do setor desde julho de 2018 (-3,1%) e do terceiro resultado negativo do setor em quatro meses, o que indica que uma perda de dinamismo antes mesmo das medidas de isolamento e de distanciamento social impostas no país em razão da pandemia de Covid-19. O IBGE também revisou para baixo a alta de janeiro, para uma taxa de 0,4%, ante leitura anterior de avanço de 0,6%. Na comparação com fevereiro de 2019, o total do volume de serviços avançou 0,7%, alcançando a sexta taxa positiva consecutiva, apesar de a magnitude do crescimento ter se mostrado menos intensa.

 

Destaques na produção

A produção industrial do país cresceu, na passagem de janeiro para fevereiro, em 11 dos 15 locais pesquisados, segundo dados da pesquisa do IBGE. Os locais que mais influenciaram a alta nacional de 0,5% foram o Pará, com 7,2%, o Rio Grande do Sul, com 3,1% e o Paraná, com 2,1%. Este é o terceiro mês consecutivo de avanço no Paraná, com ganho acumulado de 9,1%, com destaque para os setores de veículos e alimentos. Também apresentaram taxas positivas Espírito Santo (5,9%), Pernambuco (4,5%), Mato Grosso (3,8%), Santa Catarina (1,4%), Minas Gerais (1,1%), Ceará (1,0%), Região Nordeste (0,4%) e Goiás (0,3%). Já os resultados negativos vieram de Bahia (-3,2%), Amazonas (-2,2%), Rio de Janeiro (-1,0%) e São Paulo (-0,4%).

 

Vendas crescem

As vendas do comércio varejista cresceram 1,2% em fevereiro, na comparação com janeiro, de acordo com o IBGE. É o melhor resultado para o mês de fevereiro desde 2016 (1,6%). Em relação a fevereiro do ano passado, a alta foi de 4,7%. O instituto também revisou a taxa de janeiro de -1% para -1,4%, principalmente, por conta de inclusões de dados primários no setor de combustíveis e lubrificantes. Já no acumulado do primeiro bimestre de 2020 frente ao igual período de 2019, o varejo avançou 3%. Dentre as oito atividades pesquisadas, cinco contribuíram para a alta, com destaque para hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,5%), móveis e eletrodomésticos (1,6%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,6%).

 

Fomento Paraná

A Fomento Paraná recebeu mais de dez mil propostas de financiamento em pouco mais de uma semana. O movimento começou desde que o governador Ratinho Junior lançou o pacote de medidas emergenciais de apoio a empreendedores informais, microempreendedores individuais (MEIs), micro e pequenas empresas para preservação de empregos e salários na economia paranaense. O número representa duas vezes o volume total de operações contratadas durante todo o ano de 2019, quando a instituição bateu o recorde em ações de microcrédito, com 5.361 empreendimentos beneficiados. De acordo com o presidente Heraldo Neves, a demanda pelo crédito foi muito maior do que o esperado. Por conta do volume de recursos solicitado e da emergência, a Fomento está alterando todo o modelo de processamento para concessão do crédito.

 

Acima da média

O movimento dos supermercados ficou acima da média no período de 14 a 21 de março, afirmou a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), acrescentando que o fluxo de clientes nas lojas tem se normalizado. “O mês de março foi atípico para o setor supermercadista. Marcou o início do combate à propagação da Covid-19 no país”, afirmou a Abras em nota, afirmando que o movimento maior se refletirá nos resultados do setor no mês. Em fevereiro, as vendas dos supermercados tiveram crescimento real de 4,61% em relação a janeiro, enquanto o resultado ano a ano, já deflacionado pelo IPCA, mostrou salto de 15,88%, de acordo com a Abras.

 

Soja em Paranaguá

De acordo com levantamento da Scot Consultoria, a soja em Paranaguá já subiu 15,6% no acumulado do ano, sendo cotada em R$ 100 por saca no fechamento da terça-feira (07). A demanda aquecida e o dólar em alta deram sustentação aos preços do grão nas últimas semanas. A empresa ressalta que a China tem demandado bastante o produto brasileiro. Isso, aliado ao fato de que o transporte de cargas – considerado atividade essencial -, que está funcionando mesmo em meio à pandemia da Covid-19, tem garantido o escoamento da produção brasileira. No acumulado de janeiro a março deste ano o Brasil exportou 18,25 milhões de toneladas de soja, alta de 5,3% na comparação com igual período de 2019, segundo a Secretaria de Comércio Exterior. Em março, o volume embarcado foi de 11,64 milhões de toneladas, recorde para o mês.

 

Déficit público

O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, afirmou que o país deve fechar o ano de 2020 com um déficit primário de R$ 500 bilhões. O volume de recursos que o governo terá de injetar para combater a pandemia da Covid-19 colocará o déficit muito acima do resultado negativo de 2019, que foi de R$ 61 bilhões. “O buraco fiscal no ano passado foi em torno de R$ 61 bilhões e, este ano, estamos caminhando tranquilamente para algo em torno de R$ 450, R$ 500 bilhões de buraco fiscal”, declarou Almeida. “A piora fiscal é forte, mas é necessária neste ano, e vamos ter que aceitar isso de forma adulta”, emendou.

 

Estiagem severa

O Paraná vive a pior estiagem desde que o Simepar monitora as condições do tempo, em 1997. A baixa precipitação já dura dez meses. Levantamento aponta que nove das maiores cidades paranaenses tiveram chuvas bem abaixo da média histórica entre junho de 2019 e março de 2020. Houve uma redução média na precipitação de 33% nas cidades de Curitiba, Ponta Grossa, Guarapuava, Maringá, Londrina, Foz do Iguaçu, Cascavel, Guaratuba e Umuarama. No volume total, Curitiba foi o local com menos chuva entre os municípios pesquisados: 725 milímetros – redução de 43,1%, já que a média histórica apontava para 1.274 mm.

 

Preço médio

Os preços do café arábica subiram com força em março, e as altas têm se mantido neste início de abril, mas em menor intensidade. Segundo colaboradores da Cepea da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, os aumentos são reflexo da demanda aquecida e de preocupações com a oferta. Em março, a média do indicador Cepea/Esalq do café tipo 6, posto na Capital paulista, foi de R$ 556,28/saca de 60 quilos, avanço de R$ 74,31 por saca (ou 15,4%) em relação à de fevereiro. Mesmo com o fechamento de cafeterias e restaurantes, a demanda por café segue firme na maior parte dos países consumidores (inclusive no Brasil) devido à estocagem de produtos e ao fato de que as pessoas passaram a consumir mais café dentro dos próprios lares.

 

Alta nas exportações

Mesmo em meio à crise mundial causada pela Covid-19, Santa Catarina amplia os embarques de carne suína. O Estado é o maior exportador nacional do produto e acumula um faturamento de US$ 257,9 milhões no primeiro trimestre de 2020, crescimento de 48,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em março, Santa Catarina exportou 37,6 mil toneladas de carne suína, gerando receitas que passam de US$ 85,5 milhões, um aumento de 6% em relação ao mês anterior e de 37% em comparação com o mesmo período de 2019. Os principais mercados para carne suína catarinense são China, Hong Kong, Chile e Japão. Este último, considerado um dos países mais exigentes do mundo, ampliou em 146,7% o volume adquirido no último mês.

 

Alta nos preços

Os avanços nos preços do milho e farelo de soja, principais insumos utilizados na alimentação de frangos, têm apertado as margens da indústria do setor, já afetada pelo recuo nos valores da carne no mercado interno. “O problema do setor é o custo no curto prazo, com o milho e o farelo de soja desproporcionalmente caros para a avicultura”, disse o Itaú. Segundo a avaliação do banco, o farelo subiu bastante no último mês associado à desvalorização cambial e o milho segue em patamar muito elevado de preço, em meio à escassez de oferta. Quanto ao mercado internacional, o Itaú destacou que muitos novos casos de gripe aviária vêm sendo notificados em diversas partes do mundo, principalmente na Ásia e no Leste Europeu, o que favorece as exportações do Brasil para estas regiões.

 

Redação ADI-PR Curitiba 

Coluna publicada simultaneamente em 20 jornais e portais associados. Saiba mais em www.adipr.com.br.

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