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Editorial

Como explicar tal paixão?

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Faltam pouco mais de três semanas para o início da Copa da Rússia 2018 e os ânimos dos torcedores já começam a ser inflamados. Apesar de menos badalada do que em edições anteriores, muito por conta dos temas políticos e econômicos que infestam jornais e redes sociais, a proximidade do início do torneio mundial de futebol já demonstra sinais clínicos na sociedade brasileira. É a febre do futebol, que atinge milhões e milhões de pessoas aqui e em todo o planeta.

Depois de divulgada a lista dos convocados da Seleção Brasileira que vão disputar o campeonato, os humores se entusiasmaram. Óbvio que os milhões de técnicos têm suas discordâncias quanto aos nomes, mas só esse fato já faz soar futebol nas rodas de conversas. O tema Copa do Mundo já aglutina boa parte dos comerciais na TV. Nos comércios, as bandeiras, cornetas e outros apetrechos barulhentos e coloridos começam a estampar as vitrines do país de Norte a Sul. Os álbuns de figurinhas já figuram febre há algumas semanas, inclusive e com intensidade em Marechal Cândido Rondon, trazendo o tema Copa para o mundo de crianças e adultos.

Apesar do momento conturbado do Brasil, da Lava Jato em franca expansão, da economia crescendo timidamente, da divisão (quase guerra) política entre a sociedade civil, da proximidade com as eleições, vale a pena viver esse momento que acontece só a cada quatro anos. Tem gente que não gosta, entende que é preciso foco em problemas que o Brasil enfrenta, e isso não é problema algum. Existem até aqueles que torcem contra, mas isso também faz parte. Há de se respeitar aqueles que não apreciam a arte de “correr atrás de uma bola”.

Mas quem gosta de futebol, com certeza está pilhado para que o pontapé inicial seja dado. Tudo para ver os melhores jogadores do planeta em ação, pela TV mesmo, com transmissões que revelam a magia do futebol a cada drible em câmera superlenta, a cada lance visto de todos os ângulos, a cada gol. O coração palpita mais rápido, as pupilas dilatam, os dedos gelam, as mãos ficam suadas. Quem gosta já está ansioso, preparando a TV, o churrasco, os amigos e programando o conflito com os horários dos jogos e o trabalho. Dá pra tirar tudo isso de letra.

Sem esquecer das mazelas que afligem o país e o mundo, é hora de curtir um pouco de futebol. Esse esporte que para muitos é religião está intimamente ligado aos brasileiros, quer queiram, quer não. E a Copa do Mundo é o apogeu desse esporte. É o êxtase para os fanáticos por bola, por gols, é o ápice da festa futebolística.

Bilhões de pessoas ao redor do mundo vão acompanhar a Copa do Mundo. Façam suas apostas, fiéis amantes do futebol, a bola está prestes a rolar. É hora de vestir a amarelinha e torcer para a Seleção Canarinho fazer o que sabe de melhor: encantar – e conquistar – o mundo com o futebol que lhe é peculiar. Cruzem os dedos, comprem seus confetes e façam a festa com a riqueza desse apaixonante esporte. Paixão que nem o 7 a 1, nem os bandidos de Brasília arrancam do peito dos brasileiros. Como explicar tal paixão? É futebol.

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