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Editorial

Conquistas e fracassos

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A temporada esportiva de 2021 está terminando, sagrando seus campeões e já prometendo grandes emoções para o ano que vem. Quem gosta de automobilismo ou curte a Fórmula 1 roeu até as unhas do pé com a corrida do último domingo (12), disputada até a última volta, com vitória e título do holandês Max Verstappen após uma ultrapassagem nos metros finais que deixou eufóricos os apaixonados pela modalidade.

O ano teve as Olimpíadas de Tóquio, que apresentou ao Brasil alguns novos ídolos, como a ginasta Rebeca Andrade e a skatista Rayssa Leal. Nas Olimpíadas, aliás, o Brasil estreou no surfe mostrando ao mundo o que os oito mil quilômetros de litoral podem render nessa modalidade. Ouro para Ítalo Ferreira. Foram muitas e muitos os protagonistas que elevaram o nome dos esportes brasileiros para o mundo. Recorde de medalhas em uma única edição para a comitiva de esportistas tupiniquins. Foram 21 ao todo.

No futebol, fica evidente que cada vez mais os campeonatos vão ser disputados especialmente por times ricos. Os clubes que mais investem dinheiro, como Palmeiras, Flamengo e Atlético Mineiro, teoricamente, repito, teoricamente, vão ser aqueles que vão brigar pelas taças.

E o que falar do Atlético Mineiro do técnico Cuca. Uma máquina de fazer gols e derrotar adversários. Venceu com méritos, sobrando bola em relação aos outros 19 clubes da Série A do Brasileirão. Campeão com C maiúsculo.

Por falar em série A, não tem como entender o que aconteceu com o Grêmio. Clube estruturado, com superávit financeiro, o que é raro no futebol, folha de pagamento mensal de R$ 15 milhões, atletas de renome internacional. Teve um desempenho horroroso, trocou e retrocou de técnico, perdeu mais do que poderia e acabou rebaixado para a segunda divisão ou Série B. Pela terceira vez em sua história de quase 120 anos, o Grêmio não está disputando entre os 20 maiores do Brasil.

A queda do tricolor gaúcho foi, talvez, a maior conquista do Internacional. Os colorados começaram o ano bem, mas perderam rendimento especialmente nessa reta final da competição e acabaram com uma vaguinha na Copa Sul-Americana como prêmio de consolação. Os times gaúchos, que formam a ampla parte da torcida em nossa região, deixaram a desejar.

As torcidas dos times paranaenses têm muito a comemorar. O Coritiba voltou à Série A depois de uma campanha sólida neste ano. Já o Athletico Paranaense, apesar de tomar um chocolate do Galo na primeira partida da final da Copa do Brasil, está mais uma vez disputando títulos e, aos poucos, ano após ano, mostrando que pode se integrar aos maiores e mais vitoriosos clubes do país.

Em 2022 a festa esportiva promete grandes emoções, com a presença do público para abrilhantar esses eventos que são esporte, mas também são lazer para milhões de pessoas, trabalho e renda para milhares de famílias, alegrias, mas também tristezas. Faz parte. Perder e ganhar, chorar e sorrir. O esporte ensina que para que existam os campeões, é preciso que existam os perdedores. Que bom que ano que vem começa tudo de novo.

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