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Editorial

Contagem regressiva

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É tempo de contagem regressiva; 2020 bate à porta e queremos recebê-lo com o pé direito. Dois mil e dezenove chega ao fim somando imprevistos, fatos inesperados, inéditos, tristes, emocionantes, in(tensos)… Houve conquistas, mas também perdas e polêmicas.

O ano se foi e inevitavelmente a euforia agora fica por conta do último dia de dezembro e pela chegada de janeiro. A expectativa é grande!

Um ano depois de Jair Bolsonaro assumir a Presidência da República, a reforma da Previdência foi promulgada, as mudanças nas aposentadorias dos militares foram aprovadas e parte do pacote anticrime passou na Câmara.

Sem uma base organizada no Congresso, o governo não conseguiu aprovar na íntegra a medida provisória que reestruturou os ministérios.

O presidente também rompeu com o partido pelo qual foi eleito, o PSL – deixou a legenda e anunciou a criação de uma nova sigla, a Aliança pelo Brasil.

Bolsonaro também incorporou à gestão uma pauta conservadora nos costumes – promoveu atos religiosos no Palácio do Planalto, elegeu as redes sociais como canal direto de comunicação e colecionou uma série de declarações polêmicas.

Recorde foi uma palavra recorrente no noticiário econômico brasileiro em 2019. Foi um ano de extremos: o Ibovespa alcançou inéditos 117 mil pontos e o dólar recorde de R$ 4,2584. O número de trabalhadores no mercado informal chegou à máxima de 38,8 milhões. Já a Selic fecha o ano na mínima histórica, em 4,5% ao ano.

E vem aí o segundo ano de gestão. Sem dúvida, o governo quer e espera que o país volte a crescer rapidamente e reconquiste uma posição de destaque na economia do mundo.

O governo quer – e não só ele, como também os brasileiros em geral – a retomada dos empregos. Com o baixo crescimento, o mercado de trabalho não mostrou reação. Ao longo do ano, a taxa de desemprego variou pouco e se manteve em dois dígitos. Atualmente, 11,9 milhões de pessoas compõem a população desocupada no país.

Os brasileiros querem que aqueles que baseiam suas ações pautados na corrupção caiam do cavalo, assim como muitos já caíram.

Querem que 2020 transcorra com um leque de denúncias expressivas envolvendo aqueles que adoram politicagem e maracutaias.

Querem que o dinheiro público desviado e roubado por centenas de políticos e outros tantos bam bam bans de diferentes esferas e poderes possam retornar aos cofres brasileiros e que estes cidadãos sigam para atrás das grades.

A Lava Jato – maior investigação contra a corrupção já realizada no Brasil- encerra 2019 enfraquecida em relação à tentativa de manter os denunciados presos após condenação em 2ª instância, contudo com recorde de denúncias apresentadas à Justiça.

Apesar das frequentes tentativas para frustrar as ações que buscam caçar os vilões desse país, seguimos confiantes e esperamos mais resultados, mais leis duras, menos corporativismo, menos peso político em decisões que deveriam ser apolíticas, menos uma mão lava a outra e por aí vai…

Esperamos mais, muito mais para o nosso precioso país melhorar em tantos aspectos necessários.

Todo ano, desde muitos anos, o brasileiro inicia o ano confiante de que é possível ter um ano bom. Se empolga, acredita, mas não demora para desanimar. E não há como fugir disso: paga, entra ano, sai ano, mais impostos que bilionários nos Estados Unidos.

Em 2019, os contribuintes brasileiros pagaram em torno de R$ 2,4 trilhões em impostos. Com esse dinheiro seria possível comprar 2.069.976 apartamentos em São Paulo, cidade que tem um dos metros quadrados mais caros do país. Aplicado na poupança esse dinheiro renderia de juros R$ 332.625 por minuto.

É muito imposto. É um peso pesado nas costas das famílias.

A nossa torcida para 2020 é para que muitos aspectos negativos registrados em diferentes setores do país sejam revertidos em cenários positivos.

Nossa torcida é para que, em ano de eleição, o cidadão tenha consciência do seu voto. De que o voto pode, sim, fazer a diferença no meio em que ele vive. De que ele pode contribuir para dias melhores, sim, mesmo com atitudes “formiguinhas”.

Vamos fazer a nossa parte: fazer um balanço daquilo que foi bom, daquilo que foi ruim, absorver aquilo que ficou de positivo e descartar o que ficou de negativo.

Vamos começar mais um ano com grandes expectativas, mas não sem antes encerrar este ciclo agradecendo. Gratidão é palavra de ordem!

Que os nossos representantes políticos façam a parte deles em 2020, para que ele seja melhor do que 2019. Que possam contribuir significativamente para dias melhores, levando de fato em consideração o que o povo quer.

De resto, torcemos para que tenhamos muita saúde, muita paz e muito amor nos próximos 365 dias que vêm por aí.

Feliz 2020, leitor! Ano que vem estaremos juntos novamente e queremos continuar tendo você como parceiro número um.

 

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