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Pastor Mário Hort

Cuide do trânsito de sua vida conjugal!

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3ª parte “Cuide das portas e janelas de seu matrimônio II”

 

Ao sair de São José dos Pinhais em direção ao Jardim Botânico, em Curitiba, para escrever essas linhas, liguei a sinalização da seta esquerda para mostrar que eu queria entrar na pista da BR-277. O veículo que vinha pela faixa direita da BR desacelerou e permitiu que eu acelerasse para adentrá-la.

Foi uma das poucas vezes que percebi essa gentileza de direção defensiva em rodovias brasileiras. Os motoristas despreparados preferem acelerar e buzinar, dificultando o movimento de quem chega de uma via secundária para a preferencial.

Há mais de 45 anos, um professor de Teologia me perguntou: “Mário, o que é correto ao se aproximar da autopista pela via secundária? Ao perceber que um veículo se aproxima, você deve frear no acesso ou acelerar, supondo que o veículo na autopista vai diminuir a velocidade para facilitar o meu acesso?

O professor me ensinou que devo contar com a gentileza do motorista na preferencial, que vai cooperar com o meu acesso, e para minha surpresa eu percebi essa gentileza no trânsito curitibano.

No dia seguinte trafeguei no mesmo trajeto e repetiu-se a mesma situação. Animado pela gentileza do motorista do dia anterior, liguei a seta, acelerei meu veículo, confiando na cooperação do veículo que vinha na BR, e por pouco não causei um acidente, pois o motorista não foi cortês.

Aplique a “direção defensiva” no trânsito de sua casa, cuidando da sobrevivência de todos os seus familiares.

 

A falta de gentileza no trânsito da vida conjugal

Nos dias de suas núpcias, uma noiva estava observando os últimos detalhes do seu vestido de noiva diante do espelho. O vestido era propriedade da família do noivo e deveria ser bem cuidado para a próxima noiva. A noiva que se olhava de todos os lados no espelho deu um passo para trás para ver um detalhe e por infelicidade pisou com o salto do seu sapato no vestido, rompendo-o na borda. Ela viu o noivo no espelho que a observava parado ao seu lado e percebeu que ele juntou os punhos, como quem prometia vingança pelo passo infeliz de sua noiva.

A noiva observou o gesto, enganchou-se no braço do noivo e foi com ele para o altar. Terminando a cerimônia, o religioso perguntou ao noivo: “Você aceita sua noiva como legítima esposa e promete…?”. Ele solenemente respondeu “SIM”.

Dirigindo-se à noiva, o religioso repetiu a pergunta, mas esta respondeu “NÃO!”. Assim, ali mesmo diante do altar, terminou o casamento. Certamente ela já havia percebido manifestos de perigo de seu pretendente e simplesmente decidiu não entrar no “trânsito” perigoso com quem juntou os punhos ao perceber um minúsculo erro daquela que seria sua futura esposa.

Um passo para frente ou para trás pode ser fatal na vida conjugal. Como no trânsito por um único “passo” errado um veículo pode nos atropelar, como aconteceu com o punho de ódio do noivo.

O caminho para a vida eterna é estreito. Estreito também é o caminho conjugal, o relacionamento com empregados e patrões, da mesma forma com fregueses de quem depende o pão nosso de cada dia. (Mt. 7:13-14)

O caminho fácil conduz para a desgraça, mas o caminho da vida é estreito e exige cuidados até a morte.

 

Mário Hort, o autor é pastor da Igreja de Deus no Brasil em Marechal Cândido Rondon

ecosdaliberdade@yahoo.com.br

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