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Editorial

Dias de entusiasmo

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Chegamos no período do ano em que algo diferente nos envolve enquanto seres humanos. Os sentimentos, as atitudes, tudo parece mais suave, mais ameno.

 Há um entusiasmo que surge automaticamente. Cria-se uma expectativa para a chegada do Natal e para a virada de ano. Começamos a fazer certos balanços, pessoais e profissionais. Passamos a refletir sobre os meses que se passaram. Sobre o que foi positivo e merece ser lembrado, sobre o que foi negativo e serviu de aprendizado. Mesmo que intuitivamente, começamos a canalizar energias positivas para os desejos, sonhos e planos que imaginamos para 2018. Mentalizamos muita coisa boa para acontecer. É como se houvesse lugar apenas para pensamentos positivos. Como se houvesse espaço somente para sentimentos relevantes.

Que bom que é assim. Que podemos sentir tudo isso, afinal, todo ano temos desafios e dificuldades em grande parte do tempo.

Sofremos muitas vezes e nos decepcionamos quase sempre, praticamente nos 365 dias do ano, principalmente quando analisamos a conjuntura do nosso país. A política e a economia têm dado o que falar faz tempo e mês a mês produzem reflexos no nosso dia a dia, querendo a gente ou não.

Temos que encarar desemprego, se não de um familiar, de um vizinho ou de um amigo.

Temos que encarar os preços altos do supermercado, que sugam quase todas as nossas economias do mês.

Temos que encarar aumento de tudo quanto é lado: remédio, combustível, gás de cozinha, na conta de água, luz e por aí vai. O aumento do salário infelizmente nunca acompanha o mesmo patamar.

Temos que encarar a todo momento notícias de corrupção, de lambanças políticas, de tramoias vergonhosas feitas pelos nossos representantes nas esferas governamentais. Mais do que isso, ver os poderosos, que ocupam os mais altos cargos do poder, pintar e bordar com a nossa cara.

Comemoramos quando alguns figurões vão para a cadeia, mas, logo depois, lamentamos quando outros figurões da República mandam soltá-los… O Brasil tem vivido tempos difíceis. Todo mundo, mesmo os menos entendidos, veem e sentem isso na pele. Ainda bem que somos “camaleões”, nos adaptamos de forma espontânea, continuada e progressiva à realidade do nosso ambiente.

Não vamos deixar que as coisas negativas e lamentá- veis ocorridas ao longo do ano estraguem o clima de Natal, tão precioso e agradável. Vamos aproveitar este período para cultivar e compartilhar os melhores sentimentos, as boas ações, os bons propósitos com todos que estão próximos e desejar o bem para todos. Oxalá, que possamos levar todos esses sentimento sempre junto de nós, em qualquer época do ano.

Vamos aproveitar essa data para celebrar, sim, mas também para refletir sobre o quanto podemos melhorar e evoluir. Os caminhos precisam continuar sendo trilhados. O que passou não volta mais. Bom ou ruim, ficou para trás. Que venham os novos tempos. Um feliz e abençoado Natal a todos.

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