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Editorial

Dois lados, sempre

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A era digital está presente no cotidiano no mundo todo, e não é de hoje.

Há tempos, a internet não é só uma ferramenta, mas um estilo de vida.

Notebooks, tablets e celulares se tornaram indispensáveis na vida dos cidadãos, tanto que grande parte da população já não vive sem esse aparato tecnológico, especialmente os smartphones.

O mundo atual é tão digital que o uso de celulares entre crianças e adolescentes aumentou significativamente nos últimos anos

Quem é pai e mãe sabe: bebês de poucos meses despertam para os atrativos tecnológicos. Não sabem andar e falar, mas já querem pegar o celular na mão, atraídos pelos sons e cores que as musiquinhas infantis transmitem.

Quem é pai e mãe sabe que se não houver bom senso, nem um olhar cuidadoso para os efeitos que esses aparelhos podem provocar, em poucos meses esse bebê vai se tornar uma criança refém do celular e suas tecnologias.

O desafio segue quando se tornam pré-adolescentes e aumenta ainda mais a disposição para ficarem ligados às telas dos smartphones, deixando de lado, muitas vezes, estudos e a convivência interativa com familiares e amigos.

Não é regra. É claro que há exceções, mas de longe esta é a realidade da grande maioria.

Bem lembrou o papa Francisco no alerta feito ontem (06): muitos jovens “estão nas redes sociais, mas não são muito sociáveis, encerrados em si mesmos, prisioneiros do telemóvel que têm nas mãos”. Francisco aconselhou-os a saírem da zona de conforto, deixarem de viver sozinhos num mundo virtual cheio de aparências e a reconhecerem o seu próprio valor, por aquilo que são e não por aquilo que possuem, bem como a não se contentarem com o virtual.

Voltando à era digital. Ela não se resume a bebês, crianças, adolescentes e jovens. Os adultos sabem muito bem o quanto se tornaram dependentes das novas tecnologias. Não importa a idade, a classe social ou qualquer outro detalhe, todos querem estar conectados 24 horas por dia.

Não se pode ver isso como algo negativo. Há sempre os dois lados. O segredo está no equilíbrio.

A tecnologia, quando usada de forma positiva, soma, e muito.

No campo da educação, por exemplo, faz toda a diferença. Contudo, num país como o Brasil, de grandes dimensões, acompanhar o avanço tecnológico exige muito investimento. Por essas e outras, a tecnologia empregada em escolas públicas não acompanha o ritmo do setor privado. Mas em Marechal Cândido Rondon esta realidade está mudando.

Com a aquisição de lousas digitais que estão sendo instaladas em todas as salas de aula das escolas municipais, vai ser possível dar um “up” no ensino-aprendizagem. E os estudantes rondonenses já estão mostrando que aprovaram. O uso do aparato tecnológico tem “prendido” a atenção dos alunos e oportunizado que eles assimilem os conteúdos com maior facilidade. Ao menos é o que têm relatado professores e estudanted que estão fazendo uso da novidade educacional no município.

É uma revolução positiva. É inovador. É o uso da tecnologia a favor da educação. É estimular o aluno a ver as aulas de forma mais atrativa – e até mesmo esquecer um pouco do conteúdo do celular.

Os desafios são muitos, tanto para usar a tecnologia a favor das crianças, adolescentes e jovens, como para tê-la como o braço direito na educação. O que não se pode é ignorar o quanto ela acrescenta, assim como deixar que o público jovem se “perca” nas telas, não valorizando os estudos o suficiente, preso a uma realidade que limita e antissocializa.

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