Pastor Mário Hort
É complicado ficar unidos como irmãos! – 2ª parte
Em memória ao pastor Mário Hort, o Jornal O Presente publica os últimos artigos escritos por ele
Escrevo essas linhas após a viagem para Moscou, porém todas as escritas tiveram seu primeiro impulso no convite para a celebração dos 125 anos de nossa igreja na Alemanha, com o lema “Estivemos unidos por 125”.
Inspirado por esta celebração surgiu o tema “Como é bom quando os irmãos convivem em união”.
Nenhuma política, empresa, família ou igreja fica isenta de complicações para manter a união na “guerra” da vida.
O inferno faz tudo para causar intrigas entre políticos, empresários, irmãos, grandes famílias e as maiores e mais sagradas igrejas.
A Escritura diz: “Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais”. (Efésios 6:12)
Na oração sacerdotal Jesus pediu ao Pai que os discípulos fossem como um só, dizendo: “Já não estou no mundo, mas eles continuam no mundo… protege-os em teu nome, o nome que me deste, para que sejam um, assim como somos um”. (João 17:11)
Em Moscou participei da missa da igreja Ortodoxa, e uma freira humildemente me explicou que ser ortodoxa significa ser a igreja “correta” de Jesus.
Paulo escreveu: “Irmãos, suplico… que não haja divisões entre vocês e, sim, que todos estejam unidos… Fui informado… que cada um de vocês afirma: ‘Eu sou de Paulo’; ‘eu de Apolo’; ‘eu de Pedro’; e ‘eu de Cristo’. Acaso Cristo está dividido?”. (1 Coríntios 1:10-13)
A falta de união entre os irmãos não permite os alimentos chegar aos famintos que morrem pelo egoísmo do poder de político e mata milhões ao redor do mundo.
Se os povos vivessem unidos como irmãos, certamente não haveria tanta miséria que assola o mundo.
As pessoas não morrem apenas em campos de concentração, mas durante milênios a ajuda humanitária enviada para países em conflitos é impedida de chegar, e a merenda escolar é roubada por pessoas que matam crianças de fome. Assim colocam multidões entre “arrame farpado” apenas para ter o dinheiro depositado em seu nome num banco de paraíso fiscal.
Devemos voltar ao propósito original da criação de uma família, segundo o projeto de Deus. Não fomos criados para nos odiar e matar uns aos outros, nem para roubar o que pertence aos nossos irmãos e a suas famílias.
A honestidade é o fundamento de toda harmonia entre irmãos. Em caso de algum ganancioso na família, certamente teremos dificuldades e pode chegar a crimes e tristes histórias que matam as bênçãos de Deus, que poderia trazer riquezas e bem-estar para gerações.
Vamos fazer de tudo, quando coopera para com a paz e o com convívio entre as nossas famílias igrejas e a sociedade.
Mário Hort foi pastor da Igreja de Deus no Brasil em Marechal Cândido Rondon. Ele faleceu no último dia 09 de outubro.