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Editorial

É preciso agilidade

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A notícia mais aguardada dos últimos tempos chegou na quinta-feira (14). Prefeitos das grandes cidades brasileiras afirmaram, após reunião com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que a vacinação no Brasil tem data e hora para começar: quarta-feira, dia 20, às 10 horas. O objetivo é fazer com que, até lá, as primeiras doses cheguem a todas as capitais brasileiras. A partir daí, a vacinação começa a ser interiorizada para os mais de 5,5 mil municípios do país.

Em princípio serão oito milhões de doses, divididas de acordo com a população de cada Estado. Muito pouco perto das aproximadamente 450 milhões de doses que o país precisaria para imunizar toda sua população – caso a vacina seja em duas doses. Grande parte dessas futuras doses do imunizante serão produzidas no Brasil. Outra parte será importada.

Mas a vacina não vai eliminar os riscos da Covid-19 por longos meses, ainda e infelizmente. A vacinação deve ser lenta e o acesso a ela entre populações consideradas fora dos grupos de risco pode levar meses, ou até mesmo ultrapassar 2021. Enquanto o Brasil começa a vacinação na próxima semana, China e Estados Unidos, por exemplo, já aplicaram mais de dez milhões de doses cada um. Israel parece estar com a Mercedes de Lewis Hamilton. Já vacinou 23% de toda sua população. Mas, enfim, antes tarde do que nunca.

No mesmo dia em que o anúncio do início da vacinação foi divulgado no Brasil, a capital do Amazonas, Manaus, entrou em colapso por falta de oxigênio nos hospitais. Pacientes já foram levados para outros Estados para continuar o tratamento, enquanto as instituições públicas, hospitais e até o Exército montam um plano emergencial para levar cilindros com oxigênio para o Amazonas. Cenas de desespero na frente dos hospitais rodaram o Brasil e o mundo ontem.

A administração de Marechal Cândido Rondon deve fazer um trabalho minucioso e preciso, criar um calendário e iniciar a vacinação o mais breve possível. Se for possível, comprar as doses da vacina para não depender exclusivamente do governo federal – no momento é o investimento que parece ser o mais assertivo.

A Amop, Associação dos Municípios do Oeste do Paraná, também pode comprar as doses para distribuir aos municípios, assim como o Governo do Paraná, que se diz pronto para iniciar a vacinação em todo o território.

Ainda, laboratórios da região precisam manter informadas as pessoas sobre a possibilidade de comprar as doses para a vacinação para quem prefere pagar e não esperar tanto pelo imunizante. Cada dia a mais pode custar vidas. Com planejamento e sensatez, todas as instituições podem fazer um pouco e, de fato, no fim das contas, acelerar o processo de vacinação na região.

Dizem por aí que o Oeste do Paraná é uma região rica, que o Paraná é próspero. Pois essa é uma boa hora para provar isso.

O acesso à vacina é uma corrida contra o tempo. Ela é importante para a saúde dos brasileiros e para a economia do país. As instituições públicas do Paraná e do Brasil precisam garantir esforços para que elas cheguem o quanto antes e em quantidade suficiente para imunizar a população.

 

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