Arno Kunzler
Em ano eleitoral
A gente percebe logo que esse é um ano “eleitoral”.
Fui sábado (24) à tarde até Porto Mendes, distrito de Marechal Cândido Rondon, e as máquinas roncaram o dia todo preparando a terraplenagem para construção da terceira pista de Vila Curvado até a sede do Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron).
Domingo (25) fui a Cascavel e as máquinas roncaram em vários trechos da duplicação da rodovia BR-163 entre Toledo e Dois Irmãos, distrito do município toledano.
Sinal de ano eleitoral, claro…
Nesses anos os governos não conseguem superávit orçamentário. Nem é tão fácil encontrar alguma obra paralisada.
Até as filas que desanimam quem procura serviços públicos na maioria das repartições, diminuem.
É comum ver os políticos apertarem o cinto em ano não eleitoral, produzir bons resultados financeiros, mostrando que conseguem equilibrar seus orçamentos, quando querem.
E, para decepção de todos, gastar tudo e mais um pouco durante os anos eleitorais, quando promovem maravilhas para eleger seus candidatos.
Na verdade não é comum, mas é prática comum. E aí não vamos discriminar partidos e governantes, são quase todos iguais.
O calendário eleitoral influencia inclusive o calendário econômico.
É só pesquisar nas estatísticas, como o Banco Central segue bem o calendário eleitoral.
Ou seria coincidência que em 2018 o governo está promovendo a retomada da economia através de juros mais baixos?
Fernando Henrique Cardoso conseguiu mostrar ao país que os brasileiros votam com o estômago…
E Dilma Rousseff foi mais longe, conseguiu provar que os brasileiros também votam pela conta de luz e pelo preço da gasolina.
Um absurdo atrás do outro.
E lembrar que esse ano eleitoral está só no começo.
E não é difícil ouvir pessoas dizer “pelo menos fazem em ano eleitoral”. Tá bom né, depois disso…
E o pior, o eleitor já descobriu essa fraqueza dos políticos e cada vez fica mais agressivo com seus pedidos.