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Arno Kunzler

Embalou…

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Graças às investigações da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público (MP) e ao juiz Sérgio Moro, e, ressalve-se, do Supremo Tribunal Federal (STF) também, especialmente do ministro Teori Zawaski, ontem (05) vivemos mais um importante capítulo da nossa recente e importante batalha contra corruptos na política.

Caiu o todo poderoso Eduardo Cunha. Teori suspendeu seu mandato de deputado e assim, consequentemente, seu afastamento da presidência da Câmara dos Deputados.

Semana que vem devemos viver mais um capítulo importante, talvez o mais importante da história recente do Brasil.

Será a vez do Senado votar pela abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff e o seu consequente afastamento temporário do cargo.

Demorou, parecia que esse dia nunca chegaria, mas chegou.

Outros importantes político do país, citados e investigados por instituições como PF e MP, devem estar esperando o seu dia.

Pode até demorar, mas vai chegar.

Aqueles que defendem a corrupção partidária, que se juntem aos brasileiros que querem combater a corrupção e façam uma aliança pelo fim dos corruptos no poder.

É preciso arrumar a casa, mudar leis e impor penas mais severas a alguns tipos de criminosos

É preciso priorizar a reforma política para que tenhamos eleições sem tanto uso da máquina e nem de tanto dinheiro sujo.

Para isso o primeiro passo é acabar com a reeleição, tanto nos municípios como nos Estados e principalmente no governo federal.

Os mais graves problemas que estamos vivendo hoje na política e na economia vêm da manipulação e do não cumprimento das metas fiscais e do desvio de verbas públicas para financiar campanhas eleitorais.

Se venceremos todos os desafios pendentes que os últimos 12 anos de governo foram sendo empurrados, até parece que propositalmente para debaixo do tapete, isso depende da força de vontade, do apoio dos políticos e da cobrança dos brasileiros que foram às ruas protestar.

Se continuarmos mobilizados, certamente os políticos andarão na linha e terão receio de continuar agindo fora da lei.

Mas se os políticos não oferecerem apoio ao novo governo, se a sociedade não cobrar as mudanças, tudo tende a ficar como está.

Vamos continuar dependendo unicamente de um juiz, do Ministério Público e da Polícia Federal para desvendar os próximos capítulos desse infindável mundo da corrupção.

O Brasil tem jeito, é preciso apenas colocar pessoas bem-intencionadas no lugar certo e nunca, jamais, deixar de cobrá-las.

Essa parece a grande questão, quando um político se elege, ele chega ao poder com a bênção de mais de 50 milhões de eleitores e se acha acima da lei.

Uma vez eleito, os políticos acham que podem tudo, como se os mandatos nunca terminassem e o apoio dos eleitores fosse eterno.

Brasil, vamos à luta.

Esse é apenas o começo, mas, tenho certeza, muitos países já estão nos invejando por alcançarmos tão importantes vitórias.

Não podemos parar aqui.

 

 

Jornalista e diretor do Jornal O Presente

arno@opresente.com.br

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