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Editorial

Esperança

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Esperança. É o que a maioria dos brasileiros tem para o ano que inicia. Não apenas esperança no sentido vago e subjetivo da palavra, mas literalmente esperança.

Esperança de começar o ano melhor do que aquele que já entrou para a história.

A mãe tem esperança de ter uma rua segura para que seus filhos possam brincar em frente de casa, livres nas ruas por ondem passam policiais que guardam a esperança de conseguir ajudar o país a reduzir sua criminalidade.

O pai tem esperança em uma escola de qualidade, onde seu filho possa aprender com professores cada vez mais valorizados, que, por sua vez, têm a esperança de trabalhar com equipamentos públicos mais modernos e capazes de fazer a educação escolar acompanhar o desenvolvimento e a mudança de comportamento das crianças e adolescentes.

Adolescentes têm a esperança de encontrar melhores oportunidades de trabalho, frequentar boas faculdades públicas na esperança de, bem formados, competir com chances no futuro mercado de trabalho. Por falar em mercado de trabalho, esse tem a esperança de acabar com os mais de 12 milhões que ainda habitam as desesperadoras – mas não desesperançosas – filas de emprego no Brasil.

O trabalhador tem esperança de conquistar aquela promoção, esperança em pagar menos impostos e ter melhores serviços públicos à disposição. Seu empregador tem esperança de garantir o posto tão desejado ao funcionário, mas precisa aguardar, com esperança, dias melhores para que isso possa acontecer.

O brasileiro tem esperança em governos mais comprometidos com a população, capazes de enfrentar duramente a corrupção que tanto desesperançou a nação nos últimos anos – para não dizer décadas.

O brasileiro tem a esperança de estruturas governamentais mais enxutas, capazes de oferecer mais por muito menos, que não sejam usadas como cabide de emprego e sucateadas pelos interesses pessoais de quem lá está.

O brasileiro tem esperança no fim da corrupção, no emprego correto do dinheiro público, no crescimento intelectual e social de seu povo.

O jornalista tem a esperança de publicar matérias mais positivas, o gari tem a esperança de um povo mais consciente com seu lixo, o cientista tem a esperança da cura, o agricultor tem a esperança de tempo bom. O esportista tem a esperança de conseguir mais apoio, o investidor tem a esperança de aplicar certo, na hora certa, o aposentado tem a esperança de, enfim, poder relaxar na vida.

Dizem que a esperança é a última que morre, mas há de se lembrar que o amor, o mais sublime dos sentimentos, morre somente quando já não há mais a presença de esperança. Que o povo brasileiro mantenha em 2019 o amor em seus corações para que a esperança acompanhe a nação pelo ano que começa a se desenhar. É preciso ter e manter a esperança, mas é sempre bom ter também o amor na bagagem.

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