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Estoques norte-americanos de carnes têm capacidade para atender varejo nos EUA somente por mais 15 dias

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Estoques de carnes

Os estoques norte-americanos de carnes têm capacidade para atender a demanda do varejo nos Estados Unidos somente por mais 15 dias, em meio aos fechamentos de frigoríficos por causa do coronavírus, disse o CFO da JBS, Guilherme Cavalcanti, o que levou o governo Trump a planejar uma medida para manter o funcionamento das unidades. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve assinar um decreto tendo como base o Ato de Defesa da Produção para exigir que as plantas continuem em operação, garantindo a oferta de alimentos no país, afirmou uma autoridade sênior do governo. Cavalcanti ressaltou que a própria JBS teve duas unidades de bovinos nos Estados Unidos que suspenderam atividades, depois que funcionários testaram positivo para o vírus, e já retornaram as operações.

(Foto: Divulgação)

 

IPCA-15 tem deflação

A redução nos preços dos combustíveis marcou a prévia da inflação de abril, que registrou -0,01%, o menor resultado para o mês desde o início do Plano Real, em julho de 1994. O recuo nos preços da gasolina (-5,41%), que teve o maior impacto individual negativo no índice, do etanol (-9,08%) e do óleo diesel (-4,65%) levaram a uma queda de 5,76% dos combustíveis, que pressionaram o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado na terça-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa é 0,03 ponto percentual (p.p.) abaixo da registrada em março, de 0,02%. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 0,94% e, em 12 meses, a variação acumulada foi de 2,92%, abaixo dos 3,67% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2019 a taxa foi de 0,72%.

 

Moody’s piora projeção

A agência de classificação de risco Moody’s rebaixou a previsão para o desempenho da economia brasileira neste ano, passando a prever contração de 5,2%, enquanto cortou as projeções para todos os países do G20 conforme os custos da pandemia do coronavírus se acumulam “rapidamente”. No começo do mês, a agência previa que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro encolheria 1,6% em 2020. Para 2021, a Moody’s vê crescimento de 3,3%. A agência – que atribui ao Brasil rating de crédito soberano de longo prazo em moeda estrangeira de “Ba2”, com perspectiva estável – calculou que as medidas de apoio do governo brasileiro contra os efeitos econômicos do coronavírus somam cerca de 6,5% do PIB, mas avaliou que deverão ser expandidas conforme a escala dos danos econômicos se tornar mais clara e a pressão da opinião pública por mais ação crescer.

 

Confiança do empresário

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) caiu 5,3% na passagem de março para abril. É o segundo recuo consecutivo e a maior queda percentual desde abril de 2015, de 6,4%. O dado foi divulgado na quarta-feira (29) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A queda em relação a abril de 2019 chegou a 3,6%. Segundo a CNC, o otimismo dos empresários do comércio foi afetado pela crise econômica provocada pela pandemia da Covid-19. Na comparação com março deste ano, houve quedas de 5,1% na confiança em relação ao momento atual, de 6,3% nas expectativas e de 3,2% nas intenções de investimentos. Os componentes que tiveram maiores quedas foram confiança da economia, 7,2%, e confiança no futuro da economia, de 7,7%.

 

Petróleo e Covid-19

A forte queda dos preços do petróleo derrubou as cotações externas do algodão para o menor nível dos últimos dez anos, de acordo com a consultoria Cogo – Inteligência em Agronegócio. O índice Cotlook A caiu para 60 centavos de dólar por libra-peso, contra 87 centavos de dólar em abril de 2019, queda de aproximadamente 25%. Nos últimos 30 dias o indicador do algodão em pluma Cepea/Esalq, com pagamento em oito dias, acumula baixa de 7,2%, cotado a R$ 2,73 por libra-peso, com a alta do dólar sendo insuficiente para compensar a forte baixa das cotações internacionais. De acordo com a consultoria, os preços devem seguir pressionados pela demanda global de têxteis enfraquecida e pelo patamar mais baixo dos preços do petróleo.

 

Contas públicas

A Secretaria do Tesouro Nacional estimou na quarta-feira (29) que o rombo nas contas do setor público consolidado (governo, Estados, municípios e empresas estatais) deverá se aproximar de R$ 600 bilhões neste ano, o equivalente a cerca de 8% do Produto Interno Bruto (PIB). Se confirmado, esse será o maior valor da série histórica do Banco Central, iniciada em 2001. O déficit primário acontece quando as despesas do governo superam as receitas com impostos e contribuições. Quando acontece o contrário, há superávit. Esse valor não considera os gastos do governo com o pagamento dos juros da dívida pública. Em todo ano passado as contas do setor público consolidado registraram um déficit primário de R$ 61,872 bilhões (0,85% do PIB).

 

Distribuidoras de energia

Concessionárias de distribuição de eletricidade do Brasil têm registrado desde meados de março uma queda de faturamento de cerca de 9% na comparação com o ano passado devido aos impactos da Covid-19 sobre a demanda por energia, segundo dados levantados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). “Além disso, o índice de inadimplência mais do que triplicou: saiu de 3,9% em abril de 2019 para 12,9% nos últimos dias. Esse percentual representa um inadimplemento de R$ 2,46 bilhões”, apontou a agência reguladora, em relatório assinado pelo diretor Sandoval Feitosa com data de terça-feira (28). O recuo frente ao faturamento registrado em abril de 2019 vem diante de uma redução de 14% no consumo total de energia desde o início de medidas de isolamento adotadas no país.

 

Colheita de verão

A colheita da safra de verão 2019/20 no Brasil de milho atingia 80,9% da área estimada de 4,119 milhões de hectares até a última sexta-feira (24), segundo levantamento de Safras & Mercado. Os trabalhos estão completos em 97,1% da área no Rio Grande do Sul, atingindo também 96,6% em Santa Catarina, 97% no Paraná, 93,4% da área em São Paulo, 88,9% em Mato Grosso do Sul, 46,3% em Goiás/Distrito Federal, 45,5% em Minas Gerais e 97% em Mato Grosso. No mesmo período do ano passado, a colheita atingia 75,6% da área estimada de 4,057 milhões de hectares. A média de colheita nos últimos cinco anos para o período é de 83,1%.

 

Uso da TV

Cada vez mais os brasileiros utilizam a televisão para navegar na internet e deixam de contratar serviço de TV por assinatura. É o que evidencia uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o levantamento, em dois anos mais que dobrou o número de internautas que se conectavam à rede pela TV. No mesmo período, caiu 4,4% o número de domicílios do país que contavam com TV por assinatura. Os dados foram coletados pelo IBGE no 4º trimestre de 2018 por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Naquele ano, 31,4 milhões de internautas no país usavam a TV para se conectar à internet. Em 2016, esse contingente era de 13,1 milhões.

 

PIB dos EUA cai

A economia dos Estados Unidos encolheu a uma taxa anualizada de 4,8% no primeiro trimestre de 2020, encerrando a mais longa expansão da história do país, segundo dados preliminares divulgados quarta-feira (29) pelo escritório de estatísticas econômicas do país, ligado ao Departamento do Comércio. No trimestre anterior, a economia havia crescido 2,1%. É a maior queda trimestral desde os últimos três meses de 2008, quando o Produto Interno Bruto (PIB) recuou 8,4%. Os dados são uma primeira estimativa, e vão passar por revisões posteriores. Em dólares correntes, o PIB recuou 3,5%, ou US$ 191,2 bilhões, para o patamar de US$ 21,54 trilhões.

 

Casos de peste suína

Os casos de peste suína africana voltaram a crescer no país nos últimos meses e têm sido subnotificados, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Veterinários entrevistados pelo The Wall Street Journal afirmaram que testemunharam e diagnosticaram pessoalmente rebanhos suínos chineses com a doença, mesmo quando o governo disse que o país não havia observado novos casos. Em fevereiro, autoridades chinesas afirmaram que a situação da epidemia era estável. Mas, em meados de março, o Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais da China relatou uma série de novos casos em todo o país, o que endossou o alerta de alguns veterinários independentes, que desde o fim de 2019 vinham reafirmando que a doença ainda é comum na China.

 

Pandemia impacta Ramadã

A evolução das importações de alimentos dos países árabes é anualmente ampliada por datas e celebrações como a que começou nesta semana, o Ramadã, mês sagrado para os muçulmanos. Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), houve queda nos embarques de frango com certificação halal. A queda, no comparativo das emissões feitas no primeiro quadrimestre de 2020 (até o momento) frente ao mesmo período de 2019, se dá em diversos países. Entre os árabes, houve média de recuo de 5% na emissão de certificados halal, com exceção dos Emirados, que se manteve estável. As exportações de produtos industrializados para os países árabes nos meses que antecedem o Ramadã chegam a ser 30% a mais no volume exportado, comparados com meses normais.

 

Demanda cai pela metade

O transporte aéreo global de passageiros apresentou em março uma queda de 52,9% em comparação com o mesmo mês de 2019, informou na quarta-feira (29) a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata). Em termos ajustados, o volume global de passageiros voltou aos níveis de 2006. É a maior queda na história recente do setor, de acordo com a Iata. No mês, a capacidade ofertada caiu 36,2%, na mesma base de comparação. A taxa média de ocupação dos voos caiu 21,4 pontos percentuais, para 60,6%. Na América Latina, o transporte aéreo de passageiros teve queda de 39,3% em março. A oferta de assentos diminuiu 27,2% no período. Com isso, a taxa média de ocupação ficou em 68,1%, com redução de 13,5 pontos percentuais.

 

Redação ADI-PR Curitiba 

Coluna publicada simultaneamente em 20 jornais e porta/is associados. Saiba mais em www.adipr.com.br.

 

 

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