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Editorial

Eu não gosto de colo de mãe

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Calma, eu explico! Vamos começar pelo mais importante. Neste domingo (08) celebramos o Dia das Mães, portanto, desde já, desejamos a todas as mães um abençoado e maravilhoso domingo. Que as mães possam estar na companhia de seus filhos, que os filhos possam estar na companhia de suas mães.

É claro que eu amo um colo de mãe. A brincadeira é porque já cresci, não caibo mais em seus braços. E que saudades daquele colinho. Uma dica para os pequenos: aproveitem.

Para quem já cresceu, para quem eventualmente também já é mãe, o colo pode ser coisa do passado, mas aquele amor que surgiu quando você nem existia direito continua a ser esboçado de tantas e tantas outras formas.

Como é bom um abraço de mãe. Sabe aquele abraço, bem demorado, bem apertado, que a gente costuma dar somente em datas especiais, desejando só coisas boas ao pé do ouvido da sua “velha”. Bem esse abraço! É como um colo.

Como é bom o beijo de mãe. O beijo que acolhe, que ensina sobre respeito, que orienta. Beijo cheio de boas energias, beijo que traz aconchego. É como um colo.

E o olhar de mãe? É bom demais! Olhar que diz “que orgulho”, olhar que deseja o bem, olhar que reprova, olhar que aprova, olhar de saudade, olhar de alegria, olhar que agradece, como se alguém tão divino verdadeiramente precisasse, um dia sequer, agradecer a seus filhos por algo. Como é bom o olhar de mãe. É como um colo.

Como é bom sentir o cheiro da mãe. Cheiro que remete à infância, que nos recorda sobre nossa educação e bons costumes, que nos faz viajar no tempo, quando praticamente nada fazia sentido se ela não estivesse por perto. É como um colo.

Como é bom poder matar a saudade da mãe, poder reencontrá-la depois de algum tempo distante, ligados apenas pelo tal do on-line, que ameniza a distância, mas não chega nem perto do abraço, do beijo, do olhar, do cheiro, do colo.

Ou melhor ainda, como é bom (e muita gente não se dá conta disso) não ter saudade da mãe. É bom ter a mãe sempre por perto, para que você possa experimentar todas as suas lições de vida, toda sua sabedoria e seu infinito amor, mesmo quando a cara esteja amarrada ou ela esteja mais quietinha.

Aliás, como é bom o silêncio da mãe. Silêncio que fala mais que textos complexos, que educa, que mostra, que expressa sentimentos que só uma mãe sabe entender o que é, mesmo sem falar nada. É como um colo.

As mães merecem todo respeito e admiração, merecem mais que flores e presentes, merecem atenção, carinho, amor e tudo mais que bons filhos podem oferecer gratuitamente. Não somente neste domingo, mas todos os dias, em todas as ações de nossas vidas.

Para quem já não tem a mãe presente, como é bom saber que vão as pessoas, mas ficam os ensinamentos e o amor, além, é claro, da saudade. Para quem tem ela do ladinho, aproveite, abrace, beije, olhe, cheire e, por que não, peça um colinho. Afinal, mesmo eu sendo um grandalhão, todo desengonçado, amo um colo de mãe. Não tem como não amar.

 

 

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