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Arno Kunzler

Futebol e política

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A próxima semana será cheia de decisões.

Domingo os principais clubes de futebol do Brasil estarão envolvidos com as decisões dos estaduais. Teremos novos ou velhos campões comemorando novos títulos.

Mas os olhos dos brasileiros estarão atraídos mais para a política, mirando Brasília.

É lá, no Senado Federal, que será decidido o título mais importante da semana.

Numa votação que promete dar larga margem a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff, o Senado deverá decidir o futuro governo do país.

Será uma decisão relativamente fácil, entre ficar com Dilma ou mudar.

Mudar pra que, muitas pessoas se perguntam, se os políticos vão continuar os mesmos

É verdade, a grande maioria dos políticos serão os mesmos. Todavia, é preciso analisar a estrutura do atual governo sob a tutela exclusiva do PT, que o divide conforme seus próprios interesses, e um novo governo, sob a tutela dos que aprovarem o impeachment.

É provável que o novo governo gire em torno de cinco ou seis partidos – PMDB, PP, PSD, PSB, PSDB e DEM -, tendo quatro ou cinco legendas coadjuvantes de peso e outras menores.

A diferença entre o novo governo e o atual é que o PMDB não terá o governo sob a sua tutela e não o dividirá conforme seus próprios interesses.

As forças do novo governo vêm de movimentos politicamente neutros, que foram às ruas pedir mudanças e esses políticos ouviram o grito das ruas.

O que justamente não aconteceu com o governo que será retirado do poder, por absoluta falta de sintonia com a Nação.

Apenas se mantém para atender interesses pontuais e bem estreitos sob o ponto de vista de uma Nação.

Então, para quem não consegue ver diferença entre um governo e o outro, posto que o outro terá inúmeros partidos e pessoas ligadas ao governo anterior, é bom prestar atenção.

Mesmo não sendo o ideal, pois este somente poderá emergir das urnas em 2018, o próximo governo terá a difícil missão de devolver o país aos brasileiros.

Os brasileiros que produzem, que trabalham e que geram riqueza e que querem serviços do Estado para compensar os elevados impostos que pagam.

Não querem mais um governo que atende a oligarquias sociais fomentadas pelo PT, não para produzir, mas apenas e tão somente para lhe defender em casos de ameaça como agora.

Essas oligarquias vão continuar gritando que é golpe, mas os ouvidos da grande maioria dos brasileiros estão prestando atenção em outros gritos.

O grito das empresas ameaçadas pelos juros e impostos muito altos, o grito dos que têm seus empregos ameaçados, o grito dos agricultores que se sentem ameados pela demarcação irresponsável de terras indígenas e outros tantos…

O novo governo não é o ideal, claro que não, mas é o no que podemos acreditar neste momento.

Não há clima para novas eleições extemporâneas e nem ambiente para destituição de toda cúpula política, mesmo sendo muitos deles acusados de participarem de esquemas de corrupção.

Pois então, é melhor dar um voto de confiança e acreditar que vamos vencer os dissabores gerados pelos dois governos do PT e em breve saberemos o quanto um governo foi diferente do outro.

Se Temer realmente incentivar a iniciativa privada e fizer a reforma política com o fim das reeleições, já terá valido a pena.

 

Jornalista e diretor do Jornal O Presente

arno@opresente.com.br

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