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Editorial

Guerras de loucos

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O mundo está inquieto e temeroso em ter que enfrentar mais uma grande guerra mundial. Coreia do Norte e Estados Unidos são os protagonistas do mais iminente enfrentamento militar que pode acontecer no planeta. Especialistas já calculam que uma guerra entre os dois países poderia vitimar centenas de milhares de pessoas, a maioria civis.

O ditador norte-coreano Kim Jong-um, agindo deliberadamente, já lançou mais de 60 mísseis em testes feitos com sucesso só neste ano, alguns deles intercontinentais, capazes de atingir os Estados Unidos e provocar um rastro de destruição. Provocativo, diz que tem o plano pronto para atacar a ilha americana de Guam, a cerca de mil quilômetros do Japão, onde moram mais de 100 mil pessoas e os Estados Unidos mantêm uma base militar. As sanções econômicas não surtiram efeito, e a Coreia do Norte continua sendo uma incógnita mundial, imprevisível e fortemente armada.

Na América, o presidente Donald Trump rebate ameaças com outras ameaças, mostrando-se disposto a encarar um conflito armado para frear o avanço das más intenções asiáticas. Não bastasse isso, ainda tem a Rússia com seus intermináveis problemas geopolíticos e a sua inabalável instabilidade frente aos assuntos mundiais.

Como não há nada tão ruim que não possa piorar, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, está causando um alvoroço na América do Sul. Com ações ditatoriais, está promovendo uma guerra civil que produz dezenas de milhares de refugiados. Só neste ano, estima-se que 30 mil venezuelanos entraram no Brasil para escapar das crueldades de Maduro, que deixou seu povo até mesmo sem comida. A formação de um novo Parlamento e a criação de uma nova Constituinte fizeram o mundo reagir. Os países do Mercosul não reconhecem o Legislativo e, por isso, tiraram a Venezuela do bloco econômico. Já Trump diz que não descarta uma invasão militar na Venezuela, que, segundo ele, “é logo ali”.

Nos últimos dias, a imprensa mundial tem noticiado a tensão que existe no mundo por conta de devaneios e loucuras de seus líderes. São situações tensas, que não chegam a causar tanto medo para os brasileiros, mas que podem acabar muito mal para toda a humanidade.

É inadmissível que dois ou três malucos sejam capazes de promover o caos no mundo, mas parece que isso é perfeitamente possível, plausível. A vida de milhões de pessoas de todo o mundo está nas mãos de excêntricos líderes, que mostram-se irredutíveis na arte de teimar e não apresentam nenhum traço de amor pelas pessoas, pela humanidade, pelo planeta.

As guerras são atrozes, intensamente cruéis, e não deveriam permear os pensamentos e diálogos de uma sociedade que se diz pós-moderna. Na era da comunicação, a falta dela ou até mesmo seu excesso podem desencadear uma guerra mundial. Que Deus ilumine a cabeça desses homens do mal e mostre que guerras e ditaduras degradam a humanidade e só trazem dor, ódio e mortes. Resta rezar, porque sobre eles ninguém parece ter controle.

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