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Editorial

Investigue seu candidato

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O eleitor brasileiro tem menos de um mês para fazer atualizações necessárias em seu título para que, em outubro, esteja apto a eleger os novos governantes brasileiros. Na semana passada encerrou o prazo para descompatibilizações e assim os novos conglomerados políticos começaram a se desenhar. Mais do que isso, os candidatos já começam a aparecer. Na prática, é o pontapé inicial para que o brasileiro conheça – e escolha – quem vai comandar o Executivo e o Legislativo nos Estados, Distrito Federal e no país.

No Paraná, Beto Richa deixou o cargo para a agora governadora Cida Borghetti. Pela primeira vez na história, uma mulher está comandando o Governo do Paraná. Ela terá cerca de nove meses para executar uma política ousada para manter o Estado em crescimento, porém difícil por se tratar de ano eleitoral, com o agravante da Copa do Mundo na Rússia.

O eleitor precisa acompanhar de perto seus candidatos. Mais do que escolher seu preferido por conta do partido em que ele está, ideologia política ou planos de governo – estes são grande bobagem -, é preciso escolher sob o ponto de vista de quem ele é. Os brasileiros precisam saber quem seus candidatos são, definitivamente. Como são no dia a dia, como são em relação à sociedade onde vivem, quais são seus amigos, que valor dão a suas famílias, qual a sua formação e sua competência profissional, o que pensam, de verdade, sobre as principais demandas brasileiras.

Se mesmo assim as chances de errar são enormes, imagina votar por votar, votar porque A ou B serão reeleitos e você não quer “perder” seu voto, não quer ser voto vencido e por isso não vota em quem está atrás nas pesquisas. A convicção precisa estar na ponta dos dedos quando você estiver em frente à urna eletrônica. Se o brasileiro continuar votando – mal – do jeito que vem votando, pouca ou nenhuma coisa vai mudar. Por isso, não esqueça de esmiuçar a vida de seus pretendidos e escolhidos. Seja rigoroso e impiedoso. Não aceite candidatos que estejam sob os holofotes da corrupção, que estampam as páginas políticas com escândalos dos quais têm envolvimentos agudos.

Sim, é muito difícil escolher bons candidatos, que de fato tenham compromisso com a ética, a verdade e com o povo brasileiro e ainda tenham capacidade funcional adequada às atividades que a eles são imputadas. Difícil porque o sistema político no Brasil disfarça seus reais interesses. As eleições repetidas de algumas figuras carimbadas podem não acontecer, mas esses com absoluta certeza vão colocar suas peças dentro do tabuleiro para se perpetuar por mais alguns anos e algumas regalias. É quase uma emboscada feita para o eleitor.

Novos nomes vão aparecer, antigos e atuais também estarão no páreo. O que mais importa, nesse momento, é buscar a razoabilidade na escolha desse ou daquele sujeito. Pedir serenidade para tal, no entanto, é quase uma utopia em um momento de grande divisão política que vive o Brasil. Busque-se, então e ao menos, a verdade que mais lhe cai bem.

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