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Elio Migliorança

LAMBANÇAS

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Estamos em dezembro e os olhares apontam para o Natal, ano novo, festas, comilanças, visitas, votos de felicidades e outras coisas mais. O passado recente foi para o limbo do esquecimento. Insisto em recordar as lambanças da última campanha. Lambança é fanfarronice, bazófia, mentira, lorota, desordem etc. E elas foram muitas. Comecemos com as pesquisas eleitorais. Interesses escusos, não se descobriram os manipuladores, nem quem pagou e a quem interessava que os erros fossem tão grosseiros. Essa história de que elas não influenciam é mentira, influenciam sim, há pessoas que acreditam que ganhar o voto é votar em quem ganha a eleição. E fazem isso votando em quem está na frente nas pesquisas. Não sabem estes “pobres coitados” que tais votos podem confiar a gestão pública a um corrupto ou ladrão. Se as pesquisas fossem sérias, Gustavo Fruet seria nosso senador. A mentira da dívida externa paga fez milhões acharem que agora sim o Brasil tem dinheiro sobrando. O “messias do ABC” salvou a pátria e estamos no paraíso. Outra lambança. Nossa dívida externa virou interna e estamos devendo 1 trilhão e 650 bilhões de reais. A distribuição de “bolsas” não está sendo feita com dinheiro do crescimento, mas com o do endividamento. O discurso moralista do arrogante Requião, sempre citando a “carta de Puebla” foi desmascarado com a revelação do caos na Secretaria de Educação, no golpe da Paranaprevidência cujo rombo passa dos R$ 4 bilhões. E agora culminou com o requerimento dele pedindo a “imoral” aposentadoria, um assalto legalizado pelos deputados estaduais que dá o direito de um salário vitalício a todos os ex-governadores. E são mais de R$ 24 mil por mês. E pasmem, Alvaro Dias que construiu uma imagem de ética e moralidade por seu posicionamento no Congresso Nacional, também foi lá e requereu o benefício. Por que nenhum deles revelou isso aos eleitores antes das eleições? A outra vem de um comunicado da APP/Sindicato, convocando professores para uma palhaçada, digo uma vigília em frente ao Núcleo Regional de Educação para tentar sensibilizar nossos representantes sobre a situação da Paranaprevidência. E onde estiveram nossos representantes, diretoria da APP/Sindicato durante os oito anos do governo que está findando? Foram omissos ou incompetentes para descobrir que o governo nos roubava os recursos quando não os repassava ao fundo de previdência? José Lemos, ex-presidente da APP, deputado por dois anos apoiando Requião, não ouviu quando o líder da Oposição, Elio Rusch, denunciou o rombo bilionário? Onde estavam os “pelegos” que apoiavam o governo e viravam as costas aos servidores da Educação? Só agora nossa APP/Sindicato acordou e querem nos fazer passar madrugadas em vigília, como se os educadores fossem massa de manobra nas mãos daqueles que deixaram de fazer o dever de casa. A última lambança é doméstica. O governador Pessutti veio aqui duas semanas antes da eleição e assinou com grande foguetório a reconstrução do esburacado asfalto Alto Santa Fé/Nova Santa Rosa, mas o governo está no fim e só veio o dinheiro para o foguetório, as linguicinhas, o chope e nada mais.

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