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Arno Kunzler

Leis duras para corruptos…

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Neste momento, os brasileiros preferem apoiar as ações, mesmo com alguns abusos, do Ministério Público e da Polícia Federal no combate à corrupção, a permitir que nossos políticos continuem fazendo a política de conveniência que vêm fazendo nas últimas décadas.
Renan Calheiros acha que aprovar as medidas propostas pelo MP transformaria a nossa democracia num regime fascista.
Temos que convir que a democracia no Brasil está ameaçada sim, mas não por leis de exceção, e sim por políticos de exceção que usam as leis apenas a seu favor, para se locupletar.
Os trambiqueiros da política e muitos ocupantes de importantes funções no governo e no Congresso Nacional usam as brechas nas leis para fazer negociatas e corromper, em seu benefício, estruturas públicas, empresas públicas e privadas, entidades, servidores e até grande parte da sociedade.
É certo pensar que, para combater esse regime que se instalou no Brasil, precisamos leis de exceção, que em outras épocas, em tempos normais, seriam desnecessárias.
Em qualquer país do mundo, políticos como muitos dos nossos, inclusive alguns integrantes dos altos escalões da República, estariam afastados, processados, julgados e cumprindo pena.
No Brasil eles, os políticos, se defendem com as leis que eles mesmos criaram e com os comparsas que eles mesmos ajudaram a colocar nos seus cargos, inclusive nos altos escalões e em muitas esferas de outros poderes da República.
Isso há muito tempo não parece mais governo e, sim, uma grande organização criminosa.
Os políticos brasileiros parecem contaminados pela necessidade de obter vantagens para si e para alguns grupos e pes-soas que representam no jogo diabólico do toma lá dá cá.
Para piorar, nas últimas décadas os artífices das manobras escusas com o dinheiro público cooptaram muitos bons políticos para integrar as fileiras do mal.
E assim vivemos uma triste, quase unanimidade, uma cooptação de políticos para o alinhamento das maiorias em defesa dos interesses escusos.
Por um longo tempo no Brasil tudo está sendo válido, tudo é possível, tudo é permitido.
Mas a sociedade está reagindo e diz não, não queremos uma democracia em que as leis e a ética são sufocadas pela sacanagem e pela malandragem.
O Brasil que vai às ruas quer políticos éticos e honestos, quer partidos democráticos, eleições mais limpas, Justiça mais célere e governos voltados aos interesses do seu povo.
E aos poucos começa ficar mais claro onde esses políticos atuaram e muitos continuam atuando.
O PT já viu sua estrutura ruir, seu governo acabou e muitos dos seus líderes viraram marginais, alguns presos e outros sendo investigados e processados.
O PMDB, que é o maior aliado e talvez o maior partido, articulador desse projeto de governo, já está na mira e muitos dos seus principais líderes podem ter o mesmo destino.
O PP, cujas ovelhas estão alinhadas com a mesma política do PT e PMDB, já está merecendo o top 3 na lista dos investigados.
Não que os outros partidos e muitos políticos destes não estejam envolvidos em corrupção, mas a esperança é que neles existam correntes majoritárias que viveram à margem desses governos corruptos e consigam pelo menos votar decentemente em projetos de interesse do Brasil.
O Brasil que “vemprarua” quer mudar o Brasil que se esconde nos gabinetes e age traiçoeiramente nas madrugadas de Brasília.
Queremos leis justas sim, e para todos, mas neste momento não podemos negar que a prioridade é o combate à corrupção.
Neste momento precisamos leis duras contra os políticos que promovem a corrupção e que permitam investigações ousadas e extremamente complexas.
Vamos lá Brasil, vemprarua!!!

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