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Silvana Nardello Nasihgil

Logo tudo volta ao normal. Mas, que normal?

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Foi tão lindo passear pelas redes sociais e ver as famílias e os amigos reunidos, formando quadros lindos, lindas estampas da felicidade. Muita comida, bebida e o Papai Noel exuberante esparramando presentes.

E o que tudo isso pode nos dizer?

Talvez seja o momento para refletirmos sobre a condução das nossas vidas, sobre a fé no divino, sobre os amigos e a família.

Porque a vida não pode se resumir a um dia festivo. A vida e as relações vão muito além.

Fotos e mais fotos, sorrisos, poses e até os bichinhos de estimação são incluídos e sorriem como parte da família. Tudo tão lindo, tão bem composto, mas esquecemos que fotos não mantêm a paz, não têm o poder de trazer acolhimento, escuta e respeito, e estão muito longe de ser um ato de amor.

O Natal passou e, agora, como vamos olhar para os nossos amigos, pares, família e amigos?

Teremos que voltar às fotos para provarmos a nós mesmos que dá para ser verdadeiramente feliz?

A mesa já foi desfeita e logo será a hora de desfazer os enfeites e o pinheirinho. O que mais se desfará quando toda essa festa terminar?

Presentes não são expressão de amor. Famílias que não se respeitam tendem a adoecer. A falta de compreensão é destrutiva e a falta de comprometimento é sinal de falência emocional. A atenção ainda é um instrumento maravilhoso na criação dos afetos e o amor só dura se for cultivado.

Logo tudo volta ao normal. Mas, que normal?

Vamos refletir sobre como estamos conduzindo o nosso existir, como estamos permitindo que a nossa vida aconteça e o que é possível ser mudado.

Porque, sem dúvida, por mais perfeita que pareça a nossa vida, sempre existirá algo que seja possível ser mudado para melhor.

Podemos aproveitar esse momento e no silêncio dos nossos corações fazer um encontro com a nossa consciência e nos propormos a viver de um jeito diferente, mais suave, adicionando atitudes novas, deixando a teimosia de lado, olhando e enxergando os outros, tendo menos ciúmes, baixando o tom de voz, ouvindo mais, acolhendo os nossos pequenos, trocando o celular por companhia humana, criando novos projetos, usando gentilezas, admirando, elogiando… e vivendo intensamente a vida do jeito que ela precisa ser, suave e cheia de amor.

Vamos abrir as portas do nosso coração e nos permitir que Jesus, que se fez homem para nos salvar, habite em nós.

 

Silvana Nardello Nasihgil é psicóloga clínica com formação em terapia de casal e familiar (CRP – 08/21393)

silnn.adv@gmail.com

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