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Arno Kunzler

Mais dois deputados ou menos um?

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Muitos rondonenses comemoraram, na semana passada, a posse de Elio Lino Rusch e, hoje (13), de Ademir Bier como deputados estaduais.

Depois de perder seus dois deputados na eleição de 2018, de repente surge uma oportunidade para que os dois voltem à Assembleia Legislativa, e ao mesmo tempo.

Num olhar mais superficial as pessoas enxergam que o município ganhou novamente seus dois deputados de volta.

Mas não se dão conta que os dois são suplentes, ou seja, vão sentar na cadeira de outro deputado titular, usar um gabinete que não é deles e não têm nem o direito de contratar seus assessores, já que os assessores estarão a serviço do titular.

Além disso, ambos estarão deputados por tempo limitado, salvo ocorra algum novo imprevisto.

Ambos estarão com as canetas vazias. Portanto, terão menor peso nas decisões do governo.

Por outro lado, o que preocupa muitos rondonenses é a imensa falta de entendimento dos dois sobre os projetos que estão na pauta e que o governo tem compromisso, ou pelo menos intenção de realizar no município.

Estão entre os mais importantes pleitos a execução da obra do Contorno Oeste, a construção do Batalhão de Polícia de Fronteira e o complexo de segurança pública.

Se ambos tiverem humildade para sentar-se junto às lideranças do município e definir ações conjuntas, mesmo com pouco tempo e na condição de suplentes, poderão contribuir bastante para essas obras.

Todavia, se não houver esse entendimento, esse comprometimento com as ações que o município pretende realizar e prevalecerem as picuinhas políticas, é possível que o resultado seja, ao invés de mais dois, menos um.

Sim, porque com os dois deputados do município, o que deve acontecer é que o deputado que vem atendendo Marechal Cândido Rondon, Hussein Bakri, acabe priorizando outras praças, onde não há deputado.

Nos resta apostar no bom senso dos nossos deputados, que acabam de ter uma nova oportunidade e acreditar que de fato tenham vontade e lutem pelos interesses do município.

Capacidade ambos têm, experiência também, basta que tenham vontade para que os pleitos já encaminhados tenham, no mínimo, continuidade.

E que tenhamos a oportunidade de debater e discutir novas demandas com outros deputados que já atuam no município.

Que não se perca esse trabalho.

Os governos costumam liberar maior parte dos recursos e das obras mais próximo das eleições, quando eles forçosamente deixarão suas cadeiras e outros terão que continuar o pleito.

Nossa matemática é que teremos mais dois deputados, e não menos um.

 

Arno Kunzler é jornalista e diretor do Jornal O Presente e da Editora Amigos

arno@opresente.com.br

 

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